Por THEODIANO BASTOS
Brasil deveria
usar nióbio como arma para negociar com Trump?
Minerais e terras raras são carta na
manga do Brasil para negociar com os EUA
Elementos considerados estratégicos
para várias tecnologias podem entrar no cardápio pela negociação da suspensão
(ou redução) do tarifaço. Estados Unidos precisam desses recursos para
indústrias de ponta e China avança na prospecção
O Brasil é
responsável por mais de 90% do volume de nióbio comercializado no planeta, do
qual os EUA são o quarto maior consumidor
Há, também, um temor por parte das
autoridades norte-americanas de que o avanço da China, maior parceiro
comercial do Brasil, no controle dos minerais estratégicos, que são importantes
também para a transição energética. Quando se fala do nióbio, por exemplo, a
vantagem do Brasil frente aos norte-americanos fica clara. No território
nacional estão 95% das reservas conhecidas no mundo, enquanto os EUA não têm
extração deste minério em qualquer das suas regiões.
Com o prazo para início da vigência da tarifa de 50% sobre
produtos brasileiros imposta pela gestão Donald Trump cada
vez mais próximo, o governo brasileiro continua conversando com diferentes
setores para mapear alternativas para negociar ou mesmo retaliar a
medida.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) segue tentando discutir a derrubada do tarifaço antes da
data prevista para que entre em vigor, 1º de agosto.
Diante da dificuldade de
interlocução com o governo americano, entretanto, também se prepara para
diferentes cenários caso os Estados Unidos não
voltem atrás, conforme declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à
imprensa nos últimos dias.
Em meio ao aumento de tensão, nesta quarta-feira
(24/07) o encarregado de negócios da Embaixada americana no Brasil, Gabriel
Escobar, manifestou interesse dos EUA em minerais críticos e
estratégicos brasileiros em reunião realizada a pedido dele com o
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Em entrevista ao jornal O Globo, representantes da
entidade afirmaram que o governo americano teria demonstrado interesse em fazer
acordos para aquisição de minerais como nióbio, lítio e terras raras.
FONTE: https://draft.blogger.com/blog/post/edit/3554695571008189645/6416689694773570461
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