quinta-feira, 13 de março de 2025

UCRÂNIA, RÚSSIA CONCORDA COM ACORDO E FIM DO COMFLITO PODE ESTAR PERTO


 Por THEDIANO BASTOS

Trump é como um caudilho latino-americano, é menos limitado por preocupações morais, diz Joseph Nye

Pouco mais de uma semana depois de Donald Trump repreender Volodymyr Zelensky em público em uma encontro televisionado na Casa Branca, a Ucrânia anunciou ter aceitado o acordo proposto pelos Estados Unidos para um cessar-fogo na guerra com a Rússia.

A reunião foi uma "armadilha" plantada por Trump que tinha um objetivo estratégico para as ambições do presidente americano, explica Joseph Nye, cientista político da Universidade Harvard, ex-Secretário Assistente de Defesa e ex-SubSecretário de Estado dos Estados Unidos.

"Trump tem pouca influência sobre [o presidente russo Vladimir] Putin. Por isso, tem de intimidar Zelensky", explica Nye, em entrevista à BBC News Brasil feita por videochamada a partir de sua casa na cidade de Boston.

"Trump quer poder gabar-se de cumprir sua promessa de pôr um fim rápido à guerra",
"Ele se vê como um grande fechador de negócios. Adoraria fazer acordos favoráveis a si mesmo diante de homens fortes como Putin. Seria como demonstrar quão bom ele é."

Nye é o criador do conceito de "soft power", como batizou a capacidade dos países de persuadir outros a fazerem o que querem sem o uso da força, um instrumento consagrado pela diplomacia americana que vem sendo desgastado sob a liderança de Trump.

"Trump não tem uma ideologia, ele é o que se pode chamar de personalista, como os caudilhos latino-americanos, se esforça para ser um líder carismático. Isso significa que ele é menos limitado por preocupações morais."

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O episódio com Zelensky, que serviu de "pretexto" para Trump interromper o repasse de recursos militares e de informações de inteligência dos EUA aos ucranianos, é apenas mais um dos movimentos que presidente americano tem feito para transformar a política externa do país.

Trump faz reiteradas ameaças de tarifas (algumas das quais já chegou a impor) e até de ação militar contra aliados como Panamá, México, Canadá e Europa. Como resultado, tem obtido uma série de concessões destes aliados, sob pressão.

"Os ganhos são reais no curto prazo. A questão é: eles irão se manter a longo prazo?", questiona Nye.

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c14j7xjeej5o  - https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/russia-concorda-com-cessar-fogo-mas-os-detalhes-sao-essenciais-diz-putin/

 

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