Por THEODIANO BASTOS
Uma ironia, como
um cartão falso de vacina da covid se tornou o germe da condenação de Bolsonaro
Ação penal que condenou Bolsonaro por golpe de Estado
começou com investigação da CGU para obter o cartão de vacina de ex-presidente
Ao votar na ação penal que condenou o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, Cármen Lúcia, ministra do
Supremo Tribunal Federal (STF), lembrou da pandemia de
covid-19, que matou mais de 700 mil brasileiros.
A ministra comparou o autoritarismo a um vírus. E,
para ela, assim como a pandemia exigiu vacinas para proteger a saúde pública, a
democracia também precisaria de instrumentos para se defender.
"Desde 2021, para além da provação mundial da
pandemia covid-19, novos focos de pesares sociopolíticos brotaram nestas terras
a partir de estratégias e práticas voltadas a objetivos espúrios", disse a
ministra ao proferir seu voto nesta
quinta-feira (11/9).
"Nunca é demais lembrar que, por mais que se
cuide da saúde pública e política de uma sociedade estatal, por mais que se
cuide de produzir instrumentos ou vacinas constitucionais e legais para se
imunizar a sociedade de aventuras ditatoriais, em nenhum lugar do mundo se tem
imunidade absoluta contra o vírus do autoritarismo", continuou.
Mais tarde, com o placar de 4 a 1 já definido contra
Bolsonaro, Cármen Lúcia voltou a comparar os atos golpistas com um vírus:
"Ele é insidioso, invisível, até que vai se espalhando e contaminando o
corpo inteiro".
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cpq525gz80xo
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