O sentimento de amor e ódio dentro de um relacionamento pode ocorrer devido às expectativas que ambos nutrem em relação ao outro.
Por THEODIANO BASTOS
O que Freud diz sobre amor e ódio?
Ainda, segundo Freud, o amor admite três opostos. Amar-odiar;
amar-ser amado; e finalmente, amar/odiar – indiferença. Desse modo, seguindo a
lógica freudiana, o que se distingue do amor, em sua estrutura articulada à
pulsão, não é o ódio, mas sim, a indiferença.
"Os filhos devem fechar os olhos para os defeitos dos pais" ensina a sabedoria judaica.
Já a Bíblia enfatiza a importância da honra e obediência dos filhos para com os pais, e também a responsabilidade dos pais em criar seus filhos com amor e instrução.
Amor e ódio
não se excluem. Movem-se num mesmo campo e, apesar de possuírem aspectos
aparentemente distintos, a relação entre estes dois sentimentos envolve uma
ligação entre eles.
Como a psicologia explica a relação entre amor e
ódio, frequentemente observada na psicologia, é explicada
pela ambivalência emocional, um estado onde sentimentos conflitantes
coexistem em relação à mesma pessoa ou objeto. Essa ambivalência pode ser
particularmente intensa em relacionamentos próximos, como os românticos, pai e
filhos, onde a intensidade do amor pode intensificar a experiência do ódio.
A relação entre o amor e o ódio pode ser explicada
pela ambivalência emocional, uma situação muito comum em que o indivíduo tem
sentimentos conflitantes em relação a outra pessoa. É o caso, por exemplo, do
ciúmes: em geral, o ciumento ama tanto seu parceiro que passa a odiar o fato de
o outro ser atraente ou se relacionar com outras pessoas. Trata-se de um caso
em que há uma emoção negativa e uma emoção positiva em relação à mesma pessoa.
O ódio nunca nasce da indiferença, e esse sentimento
pode ter origem no medo de perder o outro, receio de ser rejeitado ou até mesmo
ser uma reação desencadeada por uma admiração profunda.
Como surge o amor e o ódio em uma relação
É comum que sentimentos de amor e ódio façam parte
dos relacionamentos românticos, por mais contraditório que isso pareça. Isso
ocorre por causa das expectativas que as pessoas nutrem em relação ao outro:
quando esperança é frustrada, pode ser que o indivíduo acabe desenvolvendo
rancor, raiva e até ódio. Neste tipo de situação, o ódio está ligado à
desmistificação da pessoa amada e, no fundo, ele se instala pela percepção de
que o parceiro não é perfeito.
É preciso ter em mente, porém, que algumas
frustrações sempre fazer parte de um relacionamento. Para que as relações não
fiquem prejudicadas, é preciso ter maturidade emocional para lidar com as
decepções e evitar que um acontecimento isolado desencadeie lembranças e
emoções associadas a um conteúdo emocional criado no passado.
O papel da Inteligência Emocional em
uma relação
A falta de habilidade para entender e refletir sobre
as próprias emoções é um fator que impede muitas pessoas de se relacionarem de
maneira saudável. Por isso, é importante desenvolver a Inteligência Emocional de modo a
compreender sua história de vida e começar a se relacionar da melhor maneira
possível. Confira outras dicas que poderão te ajudar na tarefa de equilibrar
amor e ódio dentro de um relacionamento:
Entenda seus gatilhos
Conhecer sua
própria história de vida e suas limitações é o primeiro passo para se livrar
dos sentimentos ambivalentes que contaminam as relações — não só as amorosas,
mas também as familiares, sociais e profissionais. Quando você se irrita com alguém
a ponto de sentir ódio, é porque identificou nesta pessoa uma característica
muito parecida com a sua (ou que você gostaria de ter).
Respeite as diferenças
É importante ter consciência de que cada indivíduo
possui características positivas e negativas. Por isso, aprender a respeitar as
diferenças entre as pessoas é fundamental para um convívio saudável, sem que
sejam criadas expectativas e frustrações.
Encontre suas respostas
É importante
refletir e identificar os motivos de nutrir sentimentos negativos em relação a
uma determinada pessoa. Só assim é possível entender e associar esse
desconforto a seus conflitos internos.
FONTES: https://www.sbie.com.br/como-psicologia-explica-relacao-de-amor-e-odio/
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