Por THEODIANO BASTOS
Os rombos são causados pela corrupção e má
gestão.
E o desfecho
da crise dos Correios é previsível: outra vez, quem vai pagar é a sociedade diz
José Casado em VEJA em Uso e abuso
O valor do rombo nos Postalis, fundo de pensão dos
funcionários dos Correios, é de aproximadamente R$ 7,6 bilhões. Os
Correios já pagaram R$ 220 milhões para equacionar esse déficit, em um acordo
assinado com o fundo em 2020 e implementado no fim de 2023. Este valor
corresponde à metade da dívida total, que é de R$ 15 bilhões, segundo a VEJA
De acordo com
o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) usado como base no acordo, os
investimentos feitos no governo de Dilma Rousseff (PT),
de 2011 a 2016, levaram a um prejuízo de R$ 4,7 bilhões. Hoje, corrigido pela
inflação, o valor representa R$ 9,1 bilhões e corresponde a 60% do prejuízo.
Na época das investigações sobre o mensalão, no primeiro governo Lula, a empresa chegou a ter 525 categorias de irregularidades auditadas em dois terços de seus contratos comerciais, todas classificadas como graves e de alto risco para os cofres públicos.
O uso e abuso político de empresas públicas e seus
fundos de pensão se tornou uma fonte de negócios para dirigentes de partidos e
operadores financeiros, nas últimas três décadas, invariavelmente com altas
taxas de lucratividade.
Na década passada, delinquências em série levaram o
fundo de pensão Postalis à quebra, com perdas bilionárias e irreversíveis para
a estatal e seus empregados. Continua denunciando José Casado
Depois de 362 anos de monopólio, os Correios perderam
o fôlego. Já nem conseguem cumprir o antigo compromisso de entregar em até 72
horas documentos despachados pelo serviço expresso na região Sudeste.
A empresa continua cobrando 40 reais para transportar
uma folha de papel até um endereço a 800 quilômetros de distância da Avenida
Paulista. O tempo agora é incerto como bilhete de loteria: um envelope Sedex de 50 gramas pode demorar três, dez, quinze dias ou
mais para chegar ao destino.
Os Correios faturam 20 bilhões de reais por ano, mas
gastam 24 bilhões para manter as portas abertas de segunda a sexta-feira —
aumento de 8% nas despesas no ano passado.
A CONTA CHEGOU
O primeiro trimestre foi pontuado por intermitências
nos pagamentos do plano de saúde, em aluguéis de imóveis em alguns estados e
nos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço... Na semana passada as
transportadoras terceirizadas suspenderam serviços depois de três meses sem
receber. Então, os Correios se declararam à beira do abismo. Anunciaram cortes
salariais, redução da jornada de trabalho e incentivo a demissões
voluntárias e suspensão do pagamento de férias.
SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/01/30/correios-elevam-deficit-das-estatais-em-2024-e-preocupam-governo.ghtml
E https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/uso-e-abuso-2/
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