terça-feira, 20 de novembro de 2018

A LULODEPENDÊNCIA E O DECLÍNIO DO PT



Em 2010 o PT tinha 88 deputados; em 2014 caiu para 70 e em 2018 ficou com apenas 56 deputados. 

Já no Senado, em 2010 tinha 14 senadores, 2014 caiu para 12 senadores e em 2018 tem apenas 6 senadores.

A campanha eleitoral de 2018 impôs ao PT o desafio de superar sua lulodependência. O partido deveria guindar Lula à condição de totem e iniciar sessões de fisioterapia política para aprender a andar sem a muleta presidiária. Entretanto, num instante em que uma ala do petismo cobrava internamente a abertura de novos caminhos a abertura de novos caminhos, Jair Bolsonaro trancou os arquirrivais na velha fábula da perseguição política. Fez isso ao tornar Sergio Moro ministro da Justiça.  https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br


Declínio do PT: partido perde poder em 374 cidades
Diário do Poder 05/10/16:
A alegação de “golpe”, adotada pelo PT, foi desmoralizada pela própria realização de eleições livres no País, e pela vontade das urnas: a votação de candidatos do PT representou apenas cerca de 10% dos mais de 67 milhões de brasileiros que votaram em candidatos “golpistas”, claramente favoráveis ao impeachment de Dilma. O PT teve 6,8 milhões de votos, um terço do seu desempenho eleitoral de 2012.
Partidos que os petistas acusam de “golpistas”, PSDB e PMDB elegeram juntos 1.821 prefeitos, contra apenas 256 do PT.
O PT perdeu mais de 400 prefeituras, dois terços do que havia conquistado há 4 anos, incluindo seus maiores redutos em São Paulo.
O PT perdeu 11,4 milhões de votos em relação a 2012, quando foi o mais votado. Ficou atrás do PSB e até do PSD, em 2016.
por Bernardo Mello / Gabriel Cariello O GLOBO, 03/10/16
“— A contagem dos votos no primeiro turno das eleições municipais de 2016 deixou ainda muitas questões a serem respondidas: das 92 cidades com mais de 200 mil eleitores, em 55 haverá segundo turno. Uma certeza, porém, já foi dada pelas urnas: o Partido dos Trabalhadores (PT) sofreu sua maior derrota desde que assumiu o comando do país, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
O resultado de domingo mostra que o PT é, até agora, apenas o décimo partido em quantidade de prefeituras, com 256, subtraindo seu poder em 374 cidades.
Há quatro anos, o partido terminou a disputa municipal em terceiro, com 630. O desempenho foi ainda pior nas grandes cidades do país. Mesmo disputando as eleições em 54 municípios com mais de 200 mil eleitores, a legenda venceu em apenas um — Rio Branco, no Acre, com Marcus Alexandre — e levou sete candidatos ao 2º turno.
Os resultados deste ano deixam o PT com 241 mil eleitores governados nos municípios mais populosos, podendo chegar a 3,3 milhões caso seja bem sucedido em todas as disputas que terá no fim do mês. Em 2012, na primeira eleição após a chegada de Lula ao poder, o eleitorado sob sua influência ultrapassava 15 milhões de pessoas.
O PT perdeu terreno até no chamado cinturão vermelho, na Grande São Paulo: de sete municípios perdeu cinco.
O espólio do PT pelo país foi dividido entre sete partidos. PSDB, PSD, PP, PDT, PR, DEM e PTB ampliaram as prefeituras que vão administrar nos próximos quatro anos. O PSDB teve a maior ascensão: venceu as eleições em 793 municípios, 107 a mais que em 2012.



SONHO DO PT ACABOU

‘Ex-vermelhinho do Leblon’ diz que sonho do PT acabou

Por Diego Amorim
O psiquiatra e psicanalista José Nazar, de 73 anos, que ajudou a fundar o PT no Rio de Janeiro, diz que “o sonho do partido acabou”.
Chamado de “vermelhinho do Leblon” na década de 1980 — não era (e não é) o único –, o médico votará em Jair Bolsonaro no próximo domingo — assim como fez no primeiro turno — porque “não quer mais o PT”.
“Eu não quero mais o PT, ninguém mais quer o PT. Os brasileiros não estão votando no Jair, estão votando contra o PT. O Jair vai ter que dar as provas dele, vai fazer ou não seu próprio nome. O movimento anti-PT é a despeito do Jair, é para além do Jair. O certo é que, talvez sem saber, ele provocou uma rachadura na cristalização da velhaca política brasileira.”
Nazar foi filado ao PT durante mais de um década, período em que contribuiu mensalmente com praticamente 10% do seu salário. Já apanhou mais de uma vez na rua defendendo as bandeiras do partido.
“Não era por ideologia. Não existe essa história de ideologia no Brasil. Existe oportunismo. De minha parte, era um processo culposo, eu tinha era culpa.
Lula foi fruto de uma elite culposa que o colocou no poder para poder sugar o país. Só fui entender isso depois.”
Hoje, com as carteirinhas do partido queimadas, o psicanalista com escritórios na capital fluminense e em Vitória (ES) chama de “hipócritas” os petistas que atacam Bolsonaro.
“As instituições psicanalistas divulgaram, em conjunto, um manifesto, sem citar nomes, dando a entender que são contrárias ao Jair. Essa bandeira em favor da democracia é uma falsidade. Eu não vou ajudar a eleger o partido mais corrupto da história, comandado por um presidiário.”
Nazar acrescenta que Lula, o presidiário, “se alimenta da posição de vítima”.
“Não precisa ser especialista para entender que ele ama a vitimização, que ele vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima.”
Sobre Dilma Rousseff, um dos ex-vermelhinhos do Leblon a define como “o erro em pessoa” e afirma que “ela não é uma pessoa saudável”.
“Eu teria de atendê-la no consultório para chegar a um diagnóstico, mas ela não é uma pessoa saudável. É só ver os vídeos dos atos falhos dela, das loucuras dela. Alguns passaram a achar engraçado, mas aquilo é uma comprovação de que ela não é saudável.”
“Lula vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima” https://www.oantagonista.com 22/1018



MAIS MÉDICO NASCEU E AGONIZA NA MENTIRA


O “Mais Médicos” foi baseado na mentira de que não haveria médicos para atender todo o País. O Brasil dispõe de 450 mil médicos, portanto, a saída dos 8,3 mil cubanos não vai alterar a qualidade do atendimento. A mentira do governo Dilma seria desmascarada em vídeo de palestra interna, no Ministério da Saúde, deixando claro que o real objetivo do programa era apenas financiar o governo de Cuba.

Dinheiro na veia

O programa “Mais Médicos” rendeu à ditadura cubana R$7,1 bilhões até agora, mas a saúde pública brasileira continua a mesma.

Atrocidade

Para vir ao Brasil submetendo-se a exploração análoga à escravidão, cubamos foram obrigados a deixar familiares como reféns, em Cuba.Descrição: Facebook

Deserção em massa

Resta aos cubanos a atitude digna de denunciar as atrocidades contra suas próprias famílias, feitas reféns, pedindo asilo ao Brasil em massa.” https://diariodopoder.com.br 

Governo planeja fazer com que formados em federais passem um ano no Mais Médicos

Proposta foi debatida em reunião nesta segunda-feira entre os ministros da Saúde, Gilberto Occhi, e da Educação. Médicos cubanos partem em 20 dias  Ditadura cubana usa coerção familiar para convencer médicos a deixar o Brasil
O Ministério da Saúde cubano está usando os familiares dos médicos instalados no Brasil para impedi-los de desertar.
Duda Teixeira, da Crusoé, reproduziu o documento “Novas indicações do Minsap para o processo Operação para a Evacuação dos Médicos do Brasil”, publicado em 18 de novembro, com orientações para os doutores que ainda estão por aqui.
Crusoé: vice-ministra da Saúde cubana perde o emprego porque filho quis ficar no Brasil
A vice-ministra de saúde de Cuba, Márcia Cobas Ruiz (foto), foi destituída de seu cargo nos últimos dias. O motivo: seu filho médico, Julio Antonio Mella Cobas, quer permanecer atendendo no Brasil, em um posto de saúde em São Paulo. Julio fez o Revalida no ano passado. Contudo, pelo acordo com a Organização Panamericana
Na Crusoé, Duda Teixeira noticia que a vice-ministra da Saúde de Cuba perdeu o cargo porque o seu filho médico quis permanecer no Brasil.
Ele, inclusive, fez o Revalida no ano passado.
“Não está em jogo a capacitação desses médicos — criticada por setores médicos brasileiros — ou se o programa governista significa a solução para os problemas da Saúde Pública brasileira, como a propaganda oficial quer fazer crer. Essas questões merecem ser discutidas, mas, diante dos problemas éticos e de direitos humanos que surgiram com o sistema de contratação dos cubanos, devem ficar em segundo plano, enquanto o Ministério Público do Trabalho intervém para garantir os mínimos direitos a esses estrangeiros — que aqui estão ainda sob a vigilância da ditadura cubana, o que é inadmissível numa democracia.
Assim é que os médicos cubanos não podem sair de férias, a não ser que vão para Cuba, não podem manter contato com estrangeiros sem comunicar ao governo cubano, não podem desistir do programa e continuar por aqui. E, se depender do parecer do advogado-geral da União, Luís Adams, não podem nem mesmo pedir asilo ao Brasil.
Essa atitude brasileira já produziu fatos vergonhosos, não condizentes com o Estado democrático, como a entrega ao governo cubano dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que haviam fugido da concentração durante os Jogos Pan-Americanos no Rio, em 2007, e queriam ficar no Brasil asilados.
Meses depois, desmentindo o governo brasileiro, que dissera que os cubanos pediram para voltar ao seu país, Erislandy Lara, bicampeão mundial amador da categoria até 69 quilos, chegou a Hamburgo, na Alemanha, depois de ter fugido em uma lancha de Cuba para o México. Em 2009, Rigondeaux acabou fugindo para Miami, nos Estados Unidos.”                                                                             Fonte: Ricardo Noblat: oglobo.globo.com/pais/noblat/
MÉDICOS CUBANOS: GOVERNO PRECISA EXPLICAR
“Os médicos cubanos ganham 7% do salário contratado no exterior, têm passaporte retido, celular monitorado e não podem fazer amigos locais”, informa Cláudio Humberto em sua coluna de 10/9/13.
A ditadura cubana esfrega as mãos de ansiedade pelos R$ 510,9 milhões que espera faturar no Brasil explorando a mão-de-obra barata dos 4 mil médicos que atuarão em municípios brasileiros. Cuba promete continuar pagando-lhes o de sempre, ou sejam, 573 pesos (25 dólares ou 58 reais) por mês. Não há negócio tão lucrativo nem no capitalismo selvagem: cada um renderá R$ 10 mil aos irmãos Castro.
Além dos salários que jamais chegarão aos médicos cubanos, o Brasil vai gastar R$ 12,2 milhões para custear suas passagens aéreas.”
Os médicos são escolhidos por serem quadros politizados em Cuba, a quem deve obediência e, ao contrário dos colegas de outros países, o médico cubano não poderá trazer seus parentes, que ficam como refém, nem escolher onde vão trabalhar e o passaporte só é válido para o Brasil.
“Nenhum deles chega sem preparação ideológica e política” Se um deles decidir abandonar o projeto para se casar e morar no Brasil, “será devolvido a Cuba”, informa o ministro da Saúde.
O presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel Silva, declarou enfaticamente à imprensa brasileira:
“É uma espécie de escravidão. O médico está preso no local para onde foi alocado, não pode sair de lá, e não tem seu título reconhecido. É como alguém que vai para um país e lhe retiram o passaporte e ele não pode sair de lá. Não há interesse dos médicos portugueses em participar do programa brasileiro.” Assim também foi com os espanhóis e outros europeus.
Pode-se afirmar que a forma de contratação dos médicos cubanos é análoga ao trabalho escravo. O governo brasileiro vai pagar ao governo cubano, por intermédio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), R$10.000 para cada médico. Por sua vez, o governo cubano vai repassar aos seus médicos uma pequena fração desta quantia. Por incrível que pareça, o governo brasileiro não sabe quanto os médicos cubanos vão receber de salário.
A venda de mão obra para países amigos é a maior fonte de entrada de dinheiro em Cuba, informa VEJA de 04/09/13: são 7,8 bilhões de dólares. US 6,3 bilhões de exportação de produtos em geral e US 2,5 bilhões com o turismo.
Algumas questões devem ser respondidas pelo governo do Brasil:  
1. A quem os médicos cubanos vão prestar contas? Ao governo cubano que lhes paga ou ao governo brasileiro que paga ao governo de Cuba?
2. As famílias destes médicos também virão ao Brasil ou ficarão retidas em Cuba como garantia do retorno destes profissionais?
3. Os médicos solteiros poderão se relacionar com moças brasileiras? Este direito lhes é proibido na Venezuela.
4. Quanto efetivamente vai receber cada médico? Este dinheiro lhe será pago mensalmente ou ficará retido em Cuba para ser pago quando retornarem a seu país? Os médicos importados trabalharão apenas por casa e comida? Temos o direito de saber, pois na realidade somos todos nós que estamos pagando.
5. E quanto aos erros médicos quem vai ser responsabilizado: o governo cubano ou o médico?
6. É justo um fazendeiro brasileiro ser acusado de promover trabalho escravo quando procede desta mesma forma do governo brasileiro?
7. Apesar da urgência em oferecer atendimento médico de boa qualidade aos cidadãos brasileiros, medidas atabalhoadas, sem discussão adequada, com finalidade nitidamente eleitoreira, redundarão num grande fracasso.
Não existe nenhuma nação que permita médicos estrangeiros trabalharem em seu país sem uma avaliação criteriosa da sua capacidade profissional. Este projeto temerário e equivocado poderá ter desastrosas implicações sociais, médicas, diplomáticas e penais.



MORO LEVA PARA A TRANSIÇÃO delegados pioneiros da Lava Jato



Moro escolhe general para comandar Secretaria de Segurança Pública

Carlos Alberto dos Santos Cruz atuou no Haiti e foi secretário de Segurança na 1ª fase da gestão Temer, onde deu suporte federal à intervenção federal no Rio Jonal O Globo de 21/11/18

MORO ANUNCIA VALEIXO NA DIREÇÃO GERAL DA PF

Sergio Moro anunciou nesta terça-feira que escolheu Maurício Valeixo para ser o diretor geral da Polícia Federal.
Valeixo foi diretor de Inteligência na gestão de Leandro Daiello e atualmente é superintendente da PF no Paraná – cargo que ocupa pela segunda vez – e coordenou a operação de prisão de Lula. Informa O Antagonista

Érika Marena e Rosalvo Ferreira Franco, delegados da Lava Jato, foram os primeiros nomes anunciados pelo ex-juiz para integrar equipe de transição
https://politica.estadao.com.br/ Breno Pires / BRASÍLIA e Ricardo Brandt / SÃO PAULO 20 Novembro 2018 

Futuro ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro, o ex-juiz Sérgio Moro confirmou nesta segunda-feira, 19, os delegados da Polícia Federal Érika Marena e Rosalvo Ferreira Franco, pioneiros da Operação Lava Jato, como os primeiros nomes na equipe de transição. Ambos ajudaram a construir e consolidar o modelo de apuração adotado na Lava Jato, com forças-tarefa para assuntos prioritários. No início do mês, Moro disse que pretende adotar esse estilo para combater o crime organizado em todo o País. Deflagrada em março de 2014, a Lava Jato é considerada a maior investigação contra a corrupção realizada no Brasil.
Segundo fontes ouvidas pelo Estado, Érika pode ser escolhida por Moro para comandar o órgão estratégico para investigações internacionais no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

Um terceiro indicado para integrar a equipe de Moro na transição é Fabiano Bordignon, chefe da PF em Foz do Iguaçu, que não atuou na Lava Jato. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, Bordignon é cotado para assumir o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ele já foi diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e em Foz do Iguaçu (PR) investigou a rota do crack no Brasil — a cidade se tornou um ponto de entrada da droga no País nos últimos anos.

Com a exoneração publicada na segunda, 19, no Diário Oficial da União, o ex-juiz Moro chegou a Brasília logo pela manhã e indicou que está perto de definir o próximo diretor-geral da PF, que substituirá Rogério Galloro. O principal cotado é o delegado Maurício Valeixo, sucessor de Rosalvo e atual superintendente da PF no Paraná, com quem Moro mantém boa relação desde a década de 1990.
Em breve conversa com jornalistas após almoçar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona a transição, Moro disse que está cuidando da formação do ministério e do organograma de atividades na transição. “No momento certo os anúncios públicos serão feitos”, disse o futuro ministro. Estavam no almoço Érika, Rosalvo e Bordignon, além de Flávia Blanco, que pode ser chefe de gabinete, e o agente Marcos Koren, que supervisiona a segurança de Moro na capital federal.

Abordado pela reportagem, Rosalvo disse que está colaborando na transição e que continuará à disposição do futuro ministro. Os outros dois delegados não falaram com a reportagem ontem.
Moro segue em Brasília até quinta-feira e ainda pode se reunir com os ministros Torquato Jardim, da Justiça, e Raul Jungmann, da Segurança Pública — pastas que serão fundidas na sua gestão.

Histórico
Atual superintendente da PF em Sergipe, Érika Marena participou da origem da Lava Jato ao lado do delegado Marcio Anselmo. Na época, a Superintendência do órgão no Paraná era comandada por Rosalvo, que deixou o posto no fim do ano passado após quatro anos. Os dois nomes devem fazer parte do Ministério da Justiça na gestão de Moro.

A possível ida de Marena para a pasta foi informada pela Coluna do Estadão na sexta-feira, 16. A delegada também comandou a Operação Ouvidos Moucos, que ficou marcada pela prisão e posterior suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier.

Érika Marena atuou desde o início na Lava Jato, ao lado do delegado Marcio Adriano Anselmo – outro nome especulado como possível integrante da equipe de Moro em 2019. Foi ela quem batizou a operação, de que fez parte até o fim de 2016. A partir de então, atuou nos casos de Santa Catarina e, em dezembro de 2017, ocupou a Superintendência da PF em Sergipe, nomeada pelo então diretor-geral da PF Fernando Segóvia. Antes da Lava Jato, havia trabalhado no caso Banestado, nos anos 2000, no qual também atuou Moro. Foi procuradora do Banco Central e técnica da justiça eleitoral.

A conduta da delegada foi questionada na Operação Ouvidos Moucos, deflagrada em setembro de 2017 para combater supostos desvios de dinheiro em programas de ensino a distância da UFSC. No mês da morte de Cancellier, a família apresentou uma queixa-crime ao Ministério da Justiça contra a delegada pedindo instauração de procedimento administrativo para apurar a responsabilidade por eventuais abusos e excessos. Uma sindicância da Corregedoria da PF sobre a conduta da delegada concluiu que não houve irregularidade nos procedimentos adotados na Operação Ouvidos Moucos. Os ministérios da Justiça e da Segurança Pública não responderam à reportagem se houve arquivamento da queixa-crime.
A delegada tem, no entanto, bastante prestígio na Polícia Federal. Chegou a ser eleita como primeiro nome na lista tríplice formulada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), em maio de 2016, para apresentar ao governo Temer, como sugestão para indicação à Diretoria-Geral da Polícia Federal. Ela teve 1.065 votos. Naquele ano, Temer escolheu como diretor-geral Fernando Segóvia.

Sobre a Ouvidos Moucos, a ADPF afirmou na época que “não se pode admitir que terceiros se utilizem da dor e comoção da família para tentar macular a imagem da Polícia Federal”. A chegada para atuar na equipe de transição de Moro indica que ele também não considera que houve falhas na conduta da delegada federal.