sábado, 8 de fevereiro de 2014

MÉDICOS CUBANOS: GOVERNO PRECISA EXPLICAR




MÉDICOS CUBANOS NA BERLINDA



O governo federal pagou mais de R$ 2 bilhões, só em 2014, à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão responsável por contratar médicos cubanos do Programa Mais Médicos.” Diário do Poder, 26/12/14
 
“Não está em jogo a capacitação desses médicos — criticada por setores médicos brasileiros — ou se o programa governista significa a solução para os problemas da Saúde Pública brasileira, como a propaganda oficial quer fazer crer. Essas questões merecem ser discutidas, mas, diante dos problemas éticos e de direitos humanos que surgiram com o sistema de contratação dos cubanos, devem ficar em segundo plano, enquanto o Ministério Público do Trabalho intervém para garantir os mínimos direitos a esses estrangeiros — que aqui estão ainda sob a vigilância da ditadura cubana, o que é inadmissível numa democracia.
Assim é que os médicos cubanos não podem sair de férias, a não ser que vão para Cuba, não podem manter contato com estrangeiros sem comunicar ao governo cubano, não podem desistir do programa e continuar por aqui. E, se depender do parecer do advogado-geral da União, Luís Adams, não podem nem mesmo pedir asilo ao Brasil.
Essa atitude brasileira já produziu fatos vergonhosos, não condizentes com o Estado democrático, como a entrega ao governo cubano dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que haviam fugido da concentração durante os Jogos Pan-Americanos no Rio, em 2007, e queriam ficar no Brasil asilados.
Meses depois, desmentindo o governo brasileiro, que dissera que os cubanos pediram para voltar ao seu país, Erislandy Lara, bicampeão mundial amador da categoria até 69 quilos, chegou a Hamburgo, na Alemanha, depois de ter fugido em uma lancha de Cuba para o México. Em 2009, Rigondeaux acabou fugindo para Miami, nos Estados Unidos.”                                                                             Fonte: Ricardo Noblat: oglobo.globo.com/pais/noblat/

 MÉDICOS CUBANOS: GOVERNO PRECISA  EXPLICAR
“Os médicos cubanos ganham 7% do salário contratado no exterior, têm passaporte retido, celular monitorado e não podem fazer amigos locais”, informa Cláudio Humberto em sua coluna de 10/9/13.
A ditadura cubana esfrega as mãos de ansiedade pelos R$ 510,9 milhões que espera faturar no Brasil explorando a mão-de-obra barata dos 4 mil médicos que atuarão em municípios brasileiros. Cuba promete continuar pagando-lhes o de sempre, ou sejam, 573 pesos (25 dólares ou 58 reais) por mês. Não há negócio tão lucrativo nem no capitalismo selvagem: cada um renderá R$ 10 mil aos irmãos Castro.
Além dos salários que jamais chegarão aos médicos cubanos, o Brasil vai gastar R$ 12,2 milhões para custear suas passagens aéreas.”
Os médicos são escolhidos por serem quadros politizados em Cuba, a quem deve obediência e, ao contrário dos colegas de outros países, o médico cubano não poderá trazer seus parentes, que ficam como refém, nem escolher onde vão trabalhar e o passaporte só é válido para o Brasil.
“Nenhum deles chega sem preparação ideológica e política” Se um deles decidir abandonar o projeto para se casar e morar no Brasil, “será devolvido a Cuba”, informa o ministro da Saúde.
O presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel Silva, declarou enfaticamente à imprensa brasileira:
“É uma espécie de escravidão. O médico está preso no local para onde foi alocado, não pode sair de lá, e não tem seu título reconhecido. É como alguém que vai para um país e lhe retiram o passaporte e ele não pode sair de lá. Não há interesse dos médicos portugueses em participar do programa brasileiro.” Assim também foi com os espanhóis e outros europeus.

Pode-se afirmar que a forma de contratação dos médicos cubanos é análoga ao trabalho escravo. O governo brasileiro vai pagar ao governo cubano, por intermédio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), R$10.000 para cada médico. Por sua vez, o governo cubano vai repassar aos seus médicos uma pequena fração desta quantia. Por incrível que pareça, o governo brasileiro não sabe quanto os médicos cubanos vão receber de salário.

A venda de mão obra para países amigos é a maior fonte de entrada de dinheiro em Cuba, informa VEJA de 04/09/13: são 7,8 bilhões de dólares. US 6,3 bilhões de exportação de produtos em geral e US 2,5 bilhões com o turismo.

Algumas questões devem ser respondidas pelo governo do Brasil:  
1. A quem os médicos cubanos vão prestar contas? Ao governo cubano que lhes paga ou ao governo brasileiro que paga ao governo de Cuba?
2. As famílias destes médicos também virão ao Brasil ou ficarão retidas em Cuba como garantia do retorno destes profissionais?
3. Os médicos solteiros poderão se relacionar com moças brasileiras? Este direito lhes é proibido na Venezuela.
4. Quanto efetivamente vai receber cada médico? Este dinheiro lhe será pago mensalmente ou ficará retido em Cuba para ser pago quando retornarem a seu país? Os médicos importados trabalharão apenas por casa e comida? Temos o direito de saber, pois na realidade somos todos nós que estamos pagando.
5. E quanto aos erros médicos quem vai ser responsabilizado: o governo cubano ou o médico?
6. É justo um fazendeiro brasileiro ser acusado de promover trabalho escravo quando procede desta mesma forma do governo brasileiro?
7. Apesar da urgência em oferecer atendimento médico de boa qualidade aos cidadãos brasileiros, medidas atabalhoadas, sem discussão adequada, com finalidade nitidamente eleitoreira, redundarão num grande fracasso.

Não existe nenhuma nação que permita médicos estrangeiros trabalharem em seu país sem uma avaliação criteriosa da sua capacidade profissional. Este projeto temerário e equivocado poderá ter desastrosas implicações sociais, médicas, diplomáticas e penais.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

MÉDICO CUBANO SÓ RECEBE R$ 964,00 ´POR MÊS



MAIS MÉDICOS

Cuba poderá ganhar anualmente R$ 713 milhões com Mais Médicos

Ao todo, 5.378 cubanos estão no Brasil no programa
Profissionais recebem US$ 1.000 por mês
André de Souza
Publicado:
BRASÍLIA - A revelação da médica cubana Ramona Matos Rodríguez de que só recebia US$ 1 mil para trabalhar no Mais Médicos indica que o governo de Cuba vai poder ficar com a maior fatia dos recursos destinados ao programa. A vinda de profissionais cubanos ao Brasil vai representar um reforço de pelo menos R$ 713 milhões de reais por ano ao caixa do governo da ilha. Isso representa 77,01% do repasse que o governo brasileiro faz para trazer os médicos de Cuba. O restante — cerca de R$ 212,85 milhões por ano — fica com os profissionais.                                           Fonte: http://oglobo.globo.com/
Cubana deixa Mais Médicos e diz que vai pedir asilo político ao Brasil
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Integrante do Mais Médicos, a cubana Ramona Matos Rodriguez, 51, deixou o programa e anunciou na noite desta terça-feira (4) que vai pedir asilo político ao Brasil. Ela disse que vai permanecer refugiada na liderança do DEM na Câmara dos Deputados, aguardando uma decisão do governo brasileiro, já que está sendo "perseguida pela Polícia Federal".
Clínica-geral, ela chegou ao país em outubro e atuava em Pacajá, no Pará. Ela diz que deixou a cidade no sábado e seguiu para Brasília após descobrir que o valor de R$ 10 mil pago pelo governo brasileiro a outros médicos estrangeiros era muito superior ao que ela recebia pelos serviços prestados.

Sérgio Lima/Folhapress


A médica cubana Ramona Rodriguez, 51, anunciou que vai pedir asilo político ao Brasil
A cubana alega ainda ter sido enganada sobre a possibilidade de trazer seus familiares ao país.
Ramona foi apresentada nesta terça no plenário da Câmara por líderes do DEM. Em entrevista, ela contou que recebia por mês US$ 400 para viver no Brasil e outros US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba, que só poderiam ser movimentados no retorno para a ilha.
A médica não revelou como chegou à capital federal nem como foi feito o contato com os deputados da oposição. Ela contou, porém, que decidiu procurar o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) depois de fazer uma ligação para uma amiga no interior do Pará e ser informada que a Polícia Federal já tinha sido acionada para buscar informações sobre seu paradeiro, sendo que agentes teriam procurado seus conhecidos na cidade.
Ela não deu detalhes de como chegou ao deputado e disse que se sente enganada por Cuba. A médica mostrou um contrato com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, indicando que não houve acerto entre o Ministério da Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde)
"Eu penso que fui enganada por Cuba. Não disseram que era o Brasil estaria pagando R$ 10 mil reais pelo serviço dos médicos estrangeiros. Me informaram que seriam US$ 400 aqui e US$ 600 pagos lá depois que terminasse o contrato. Eu até achei o salário bom, mas não sabia que o custo de vida aqui no Brasil seria tão alto", afirmou a cubana.
Ela disse que tem uma filha que também é médica em Cuba e que sente receio pela situação dela. Romana afirmou que já trabalhou em uma missão de Cuba na Bolívia por 26 meses.
A médica disse ainda que enfrentava problemas para se deslocar entre cidades brasileiras, tendo sempre que avisar a um supervisor cubano, que ficava em Belém.
Ronaldo Caiado afirmou que a liderança do DEM na Câmara será a embaixada da liberdade para os médicos cubanos. Ele afirmou que sua assessoria prepara para amanhã o pedido de asilo da médica ao governo brasileiro e que irá pessoalmente conversar sobre o caso com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
"O DEM se coloca à disposição com estrutura física e jurídica", disse.
Os oposicionistas disseram que vão arrumar um colchão e as condições necessárias para que ela permaneça no local.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não vai interferir no caso porque a liderança é um espaço de cada partido.
Vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos tem o objetivo de aumentar a presença desses profissionais no interior do país, em postos de atenção básica, e para isso permite a atuação de médicos sem diploma revalidado em território nacional. Atualmente, cerca de 7.400 médicos cubanos estão selecionados para atuar no país.                                                             Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ 05/02/14

Ministério Público diz que médica cubana tem razão e que salário deve ser pago na íntegra
Cada médico cubano recebe apenas R$ 964,00
  • Procurador concluirá em inquérito que todos os cubanos do Mais Médicos devem receber R$ 10 mil
Médica cubana Ramona Matos Rodriguez deixa o gabinete da liderança do DEM após pedido de refúgio na Brasil Givaldo Barbosa / Agência O Globo
BRASÍLIA - O procurador Sebastião Caixeta, do Ministério Público do Trabalho (MPT), afirmou ao GLOBO nesta quinta-feira que a médica cubana Ramona Rodríguez tem razão nas suas reivindicações e que ela, e os mais de cinco mil cubanos do programa Mais Médicos, deveriam receber integralmente os R$ 10 mil, e não parte disso. Caixeta disse que, com a revelação do contrato de Ramona, fica claro que está estabelecida uma relação de trabalho dos médicos do programa - de todas as nacionalidades - com o governo brasileiro. O procurador afirmou ainda que o contrato trouxe à tona que não se trata de uma bolsa para um curso de pós-graduação e especialização, mas sim de um vínculo laboral, de trabalho mesmo.
Para Sebastião Caixeta o documento apresentado por Ramona esclarece muitas informações que o MPT não conseguiu, até agora, extrair do governo, que alegou cláusulas confidenciais para não apresentar os contratos com a Organização Panamericana da Saúde (Opas). O Ministério Público irá concluir um inquérito nos próximos dias e apontará que, além da relação entre os médicos do programa e o governo ser de trabalho - com todos os direitos que advêm desse tipo de relação - que os cubanos têm que receber integralmente seu salário, inclusive os retroativos. O procurador é quem cuida desse tema desde o ano passado.
- Estamos concluindo que há, de fato, problemas no programa Mais Médicos. Há um desvirtuamento na relação de trabalho dos profissionais. Todos foram recrutados para o que seria um curso de pós-graduação e especialização nas modalidades ensino, pesquisa e extensão. E não é isso que nós vimos. Há uma relação de trabalho e o que eles recebem é salário e não uma bolsa - disse Caixeta.
Fonte: http://oglobo.globo.com/



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SALVADOR: ACM Neto, primeiro ano de governo.



SALVADOR: ACM Neto, primeiro ano de governo.

Como a esposa e uma das filhas, estivemos em Salvador no final de janeiro e ficamos impressionados com o que vimos.  
A cidade está limpinha, não somente nos pontos turísticos, como também por onde andamos, até mesmo no bairro da Saúde, que estava abandonado.
E a idéia do calçadão no Farol da Barra é de uma felicidade sem igual. Vai ser um sucesso para os moradores e turistas.
De forma que assino embaixo do texto que segue:
“Impressionante a recuperação que o prefeito ACM Neto deu a tão sofrida, desmoralizada, falida Salvador em apenas um ano de governo! Jamais vi algo tão extraordinário em um administrador público na Bahia! Li o Plano de Governo do prefeito para os próximos três anos, fiquei surpreso e esperançoso! Se ele e a sua equipe realizarem o que “prometem” até 2016, não tenho dúvida que Salvador voltará a brilhar no cenário nacional, internacional! Rodei vários bairros da nossa cidade, conversei com pessoas de todas as classes, não existe dúvida quanto à existência de obras em quase todos os lugares, máquinas e homens trabalhando dia e noite, noite e dia, dentre outras importantes medidas! Finalmente pode-se ver que a luz que se apagava, ressurgiu no fundo do túnel para a cidade da alegria!
                  A essência do atual prefeito, ACM Neto, foge do habitual padrão demagogo, inidôneo, corrupto de governos no Brasil! A vida ensina que existem três tipos de governo: o que faz acontecer, o que deixa acontecer e o que não sabe o que acontece. Por certo que nosso prefeito, é claro, é do que faz acontecer. A meritocracia é presente nos seus planos, montou uma equipe com gestores líderes, experientes, competentes, éticos; notório um “time” que planeja, tem estratégias, objetivos e “atitude”! Sinal óbvio que seu governo triunfará.
Rogo que nenhuma raiz venenosa cresça no meio do prefeito; nem que as exigências da banda mais podre e venenosa da política brasileira contamine sua equipe. Não permita prefeito que as mazelas impostas por falsos e maus políticos interfiram na sua administração, tampouco alianças criminosas, interesseiras, maléficas que tanto mal faz a cidade e ao seu povo! Certamente que o poder não fará parte do jogo da sua reeleição, mas, que o seu trabalho sério e competente o transforme no homem público da próxima geração. Mesmo porque, um “estadista” nunca pensa na próxima eleição, pensa na próxima geração! Registre seu nome na história de Salvador, ACM Neto, porque a de ser governador já está definida, por certo que também resgatará nosso estado tão contaminado, corrompido, inseguro, atrasado, e a candidatura à presidência da República Federativa do Brasil não tardará.
Assim como Juscelino Kubitscheck foi o único presidente que chegou ao poder com um projeto de governo concreto, com metas ambiciosas e bem planejadas para o Brasil, nota-se que o espírito empreendedor de um grande administrador público instaurou-se no senhor. Portanto, assim como JK não discutia bobagem, discutia apenas metas desenvolvimentistas, como investimento em transporte, infraestrutura, segurança, especialmente, educação, continue seu caminho de grande líder-administrador, principalmente, transmitindo ao povo que o senhor não representa uma facção, partido, representa sim o desejo, esperança, sonhos de dias melhores para os soteropolitanos. Sonhos que um dia Salvador possa ser segura, limpa, desenvolvida, povo educado, escolas boas pra todos, muitos empregos e turistas, ao invés de “tantos” bandidos, malandros, mendigos, pivetes, assombrando a população; mães expondo e explorando filhos e crianças nas ruas, sinaleiras, pedindo esmolas, dormindo e fazendo suas necessidades nas praças, jardins, comprometendo toda a cidade, e, definitivamente o futuro dos filhos do Brasil! Tantos sonhos... Sonho que nossa Salvador, uma das cidades mais linda e rica do mundo, em todos os sentidos, possa ser parecida com tantas cidades “normais” do mundo.  Imaginemos que não é difícil, como disse John Lennon. Meu sonho voltou a irradiar...”

Fonte:  Francisco Costa Neto  
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

BRASIL CORRE PERIGO




Gelio Fregapani (*)

Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Falta ainda homologar no Congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.

Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.

O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir.
Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.

O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
[...]

A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
[...]

A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.

O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios.
[...]

Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.

Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola
[...]

Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.

Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.

Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir.

O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.

É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
[...]

A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
[...]
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.

Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.

(*) Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.