quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

LULA: 25 ANOS DE PRISÃO E SEIS AÇÕES PENAIS EM ANDAMENTO




Nova condenação de Lula repercute entre políticos e congressistas (e ainda há outros seis processos em andamento)


Joice Hasselmann e Kim Kataguiri celebraram nas redes sociais a sentença de 12 anos e 11 meses de prisão do ex-presidente, enquanto Gleisi Hoffmann e Humberto Costa bateram na tecla da perseguição


A nova condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão repercutiu imediatamente entre a classe política. Aliados e adversários do petista comentaram a decisão da juíza Gabriela Hardt de considerá-lo culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro referente a obras realizadas por empreiteiras no sítio de Atibaia (SP), no valor de R$ 1 milhão, que seriam, segundo o Ministério Público Federal,  propinas pagas pelas construtoras.
Ferrenha adversária de Lula, a deputada federal  Joice Hasselmann (PSL-SP) celebrou a decisão. "É um Brasil novo, um Brasil diferente, onde o poder político não se dobra", afirmou a congressista em vídeo publicado nas redes sociais. "Vou agora para o plenário pedir um aparte para poder comemorar com os parlamentares que pensam no Brasil essa excelente notícia", emendou. "Nós acabamos de ter mais uma sinalização da Justiça brasileira que o Brasil está deixando o paraíso para corruptos que dilapidam o patrimônio público", disse o líder do PSL no Senado, major Olímpio (SP), em vídeo distribuído no WhatsApp.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o senador Humberto Costa (PT-PE) saíram em defesa do petista. "A sanha persecutória a Lula parece não ter fim", afirmou Costa. "Uma segunda condenação a jato foi proferida, exatamente quando cresce a possibilidade de Lula ser Nobel da Paz. Na memória do povo e na história, Lula será sempre maior do que seus carrascos", comentou Gleisi.
O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre, publicou uma foto com a condenação do ex-presidente. "Vai passar a aposentadoria na cadeia", escreveu.                           https://www.correiobraziliense.com.br, 06/02/19 

Lula é condenado a 12 anos e 11 meses por reformas no sítio de Atibaia
Ex-presidente cumpre pena na sede da PF em Curitiba
O Globo, 06/02/2019 

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo referente ao sítio de Atibaia . A sentença foi proferida pela juíza Gabriela Hardt , da 13ª Vara Federal de Curitiba, nesta quarta-feira. Lula é acusado de aceitar reformas no sítio de Atibaia feitas pela Odebrecht e OAS, com dinheiro de propina decorrente de contratos da Petrobras , no valor de R$ 1 milhão. 

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Esta é a segunda condenação de Lula na Lava-Jato. Ele cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, devido à condenação de 12 anos e um mês no caso do tríplex do Guarujá.
O ex-presidente responde ainda a uma terceira ação penal na Justiça Federal de Curitiba, referente à compra de um imóvel pela Odebrecht, que seria destinado ao Instituto Lula. O imóvel custou R$ 12 milhões e nunca foi usado pelo Instituto.
Na sentença, a juíza afirmou que apenas nos quatro contratos da Petrobras citados na denúncia a propina direcionada à diretoria de Serviços da Petrobras, cujo núcleo era vinculado ao PT, somou R$ 85,4 milhões. Lembrou ainda que o crime fazia parte de um esquema mais amplo, no qual a propina havia se tornado rotina, cujo objetivo era garantir a governabilidade e a manutenção do PT no poder. 

"O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar enquanto maior mandatário da República", escreveu Gabriela, ao considerar a culpa de Lula elevada. 

Gabriela ressaltou que é "incontroverso" o uso frequente do sítio pela família de Lula e, que, "ao menos em alguns períodos, também resta incontroverso que a família do ex-presidente chegou a usá-lo até mais do que a família Bittar". Fernando Bittar, filho do ex-sindicalista Jacó Bittar, aparece como um dos sócios do sítio de Atibaia. 

As reformas no sítio de Atibaia foram feitas pelas construtoras Odebrecht e OAS. Parte dela, porém, foi conduzida pelo pecuartista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e a força-tarefa da Lava-Jato afirma que ele usou recursos de propinas por outra fornecedora da Petrobras, a Schahin.
Penas semelhantes
 
A pena aplicada por Gabriela Hardt é bem próxima à aplicada pelo juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá - a diferença entre as duas é de apenas 10 meses.
No caso do tríplex do Guarujá, o imóvel também não estava em nome de Lula. No cartório de Registro de Imóveis, o apartamento era mantido em nome da construtora OAS. O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, afirmou que desde que a empresa assumiu a construção do prédio, em 2009, o imóvel estava reservado à Lula e sua família. 

 
A ex-primeira dama Marisa Letícia havia adquirido o apartamento ainda na planta de uma cooperativa do Sindicato dos Bancários, mas interrompeu os pagamentos. Prestes a ser entregue à família, o apartamento havia recebido melhorias, como a instalação de elevador e móveis planejados - a fornecedora da cozinha, a Kitchens, foi a mesma contratada pela OAS para equipar a cozinha do sítio de Atibaia. https://oglobo.globo.com/ 06/02/19

domingo, 3 de fevereiro de 2019

QUEM É DAVI ALCOLUMBRE, PRESIDENTE DO SENADO?



Onyx: “A derrota de Renan vai fazer bem para o país”

Onyx Lorenzoni disse a Andréia Sadi:
“A derrota de Renan Calheiros vai fazer bem para o país, ele estava junto ao PT há quanto tempo? Pois bem. O Senado se reencontrou com as ruas.” Ele disse também:
“Ganhamos na política. Se Renan tivesse ganhado, ia ser com o PT. Ele não esperava o Davi como candidato, o homem certo na hora certa. Davi tem essa habilidade com os colegas, uma espécie de ‘Jair Bolsonaro do Senado’. Ele é um craque das relações, não tem ninguém que não goste dele. Aí, um dia o Davi ganhou do Golias.” https://www.oantagonista.com/
  

Após 24 anos de domínio do MDB/PMDB/PT Davi Alcolumbre derrota Renan Calheiro e seu esquema, elegendo-se presidente do Senado em primeiro turno com 42 votos, um a mais que o necessário. 

41 anos, de origem judaica, o parlamentar já foi vereador por Macapá e deputado federal pelo Amapá por 12 anos. Em 2013 ele chegou a ser investigado em uma operação da Polícia Federal

Representante do baixo clero, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), eleito neste sábado (02/02), como presidente do Senado, ele reuniu apoio à candidatura ao comando da Casa oferecendo acesso ao Planalto e se colocando como alternativa à "velha política", representada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), quatro vezes presidente da Casa. O aval do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao seu nome deu credibilidade à sua promessa de portas abertas no governo e lhe garantiu apoio.

Mas o próprio Alcolumbre, dizem adversários, é adepto de práticas consideradas da "velha política". Como deputado, conseguiu aprovar em 2009 um projeto de lei para homenagear um tio - Alberto Alcolumbre - acrescentando o nome dele ao título do Aeroporto de Macapá.

Em 2013, ainda deputado, usou verba de gabinete para abastecer seus carros no posto de gasolina Salomão Alcolumbre e cia LTDA, de um tio. No mesmo ano, ele foi investigado pela PF por supostas ligações com o doleiro Fayed Trabouli, durante diligências relacionadas a um escândalo sobre desvios de dinheiro de fundos de pensão. 

Na época, ele admitiu ter mantido conversas com Fayed. Mas disse que não tratou de assuntos financeiros. A continuidade das investigações foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano seguinte. A Corte anulou interceptações telefônicas feitas pela polícia.   

Alcolumbre ainda colocou como suplente no Senado um irmão. Josiel Alcolumbre fez campanha, nesta sexta-feira, 1.º, nas redes sociais contra Renan Calheiros e publicou fotos e textos como se seu irmão já tivesse vencido a disputa contra o alagoano

Aos 41 anos, o novo presidente do Senado é comerciário com formação incompleta em Ciências Econômicas. Na eleição de 2018, disputou o governo do Amapá. Ele perdeu a eleição para Waldez Góes (PDT). Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou patrimônio de R$ 770 mil. 

A eleição lhe rendeu uma acusação do Ministério Público Eleitoral por suspeita de pressionar servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá, em horário de expediente, a participarem dos atos de campanha de Alcolumbre e de sua vice, Silvana Vedovelli. Procurado pela reportagem, o senador não comentou.