segunda-feira, 5 de maio de 2014

A BAHIA E SEUS ENCANTOS, por Theodiano Bastos



A BAHIA E SEUS ENCANTOS, por Theodiano Bastos

O Mercado Modelo, uma festa para os olhos, com suas lojas do riquíssimo artesanato, os restaurantes com as comidas trazidas pelos negros, as sessões de capoeira, os orixás do sincretismo religioso dos terreiros baianos, onde cada santo do catolicismo tem um correspondente na Umbanda, onde imperam as “forças ocultas” trazidas pelos escravos africanos:

Ogum (Santo Antônio no catolicismo) é guerreiro, dança com uma espada, é o deus do ferro e seu dia da semana é terça-feira, e sua cor preferida é o azul; já Ogum de Ronda é Santo Antônio da Barra; Omolu (São Lázaro) é o deus das doenças e principalmente da bexiga (varíola),
seu dia é segunda-feira, suas cores são o preto e o vermelho; Exu não é propriamente um orixá, mas um mensageiro entre os homens e os deuses.
É muito temperamental, zanga-se facilmente e gosta de ser muito agradado, e a quem o agrada ele satisfaz os pedidos, mesmo sendo para o mal, e por isso identifica-se como sendo satanás e reina nas encruzilhadas; Já Oxum é Nossa Senhora, é a deusa das fontes, da beleza. É faceira e vaidosa.
Seu dia é quarta-feira e sua cor é o amarelo; Oxossi é São Jorge. Seu dia é quinta-feira e é o deus da caça e suas cores são o verde e o azul; Logum Edê corresponde a Santo Expedito e é um orixá bissexual. Seis meses é homem e nos outros seis é mulher. Seu dia é quinta-feira, e suas cores são o verde e o amarelo; Doú e Alabar, São Cosme e São Damião, são protetores dos gêmeos ou mabaços; Oxalá é Nosso Senhor do Bonfim, o Pai Velho, é o deus da criação, veste-se de branco e seu dia é sexta-feira;
Xangô é São Jerônimo e é o deus do trovão e do raio, e seu dia é quarta-feira; Yansan é Santa Bárbara. É a deusa dos ventos, da tempestade. É sensual, irrequieta e autoritária e seu dia é quarta-feira, e sua cor é o vermelho; Yemanjá é Nossa Senhora da Conceição do catolicismo, é a deusa das
águas e a mãe de todos os orixás (santos). Suas cores são o azul, o branco e o verde e seu dia é o sábado; Oxumaré é São Bartolomeu, deus do arcoíris, seu dia é terça-feira e suas cores são o verde e o amarelo; Yara é a divindade das águas do candomblé dos caboclos; Janaína é Nossa Senhora das Candeias; Naná é Nossa Senhora Santana; Obaluaê é São Roque; Egun é o Espírito do Mal; Osanha é São Marco, a deusa que guarda os segredos das ervas medicinais; Ifá, Espírito Santo; Axé, força espiritual, ânimo; Bozó ou mandinga, é feitiço; Obá é uma das três mulheres de Xangô, as outras são Oxun e Yansan; Pomba-Gira é a encarnação de Maria Padilha, que foi amante de D. Pedro, o Cruel, de Castela. A Bahia é uma síntese do Brasil, é um resumo do mundo racial e culturalmente multicultural e transcultural. Olorum, Oxalá, Ifá quer dizer, em nome do Pai, Filho e Espírito Santo.
Ogum Megê é ordenador da Lei, pois na vertical é regido pela irradiação ordenadora do Orixá Natural Ogum, que lhe deu sua qualidade Ogum (ordenador). Mas, na horizontal, cuja corrente eletromagnética qualifica sua qualidade original, ele é ordenador nos campos da evolução e é tido como o Ogum das Passagens (de níveis vibratórios).”
Oxum Opará (ou Apará) então é a figura da mulher guerreira, intempestiva, a fusão das águas dos rios com a ventania, por vezes também é retratada como impiedosa e punitiva.” https://umbandaead.blog.br  

Coisas da Bahia!
Fonte: O livro O Triunfo das Ideias, autor Theodiano Bastos, 2ª edição, publicado como e-book na AMAZON 

domingo, 4 de maio de 2014

PETROBRAS: MAIS ESCÂNDALOS



Fornecedores da Petrobras sob suspeita doaram R$ 856 milhões a campanhas de 2006 a 2012
PT recebeu 266,4 milhões de reais da rede de empresas investigadas. Polícia Federal mapeia atuação do doleiro Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, como operadores de doações para políticos e partidos

Ao mapear o caminho percorrido pelos mais de 10 bilhões de reais lavados pelo grupo comandado pelo doleiro Alberto Youssef, a operação Lava-Jato, da Polícia Federal, encontrou um duto que abastecia diretamente políticos, partidos e campanhas eleitorais. Policiais e procuradores de Justiça já sabem que, para manter a influência e garantir contratos para “amigos”, o doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, destinavam grandes somas de dinheiro a autoridades. Um levantamento feito pelo site de VEJA, a partir dos registros oficiais de doações de campanha, revela que, de 2006 a 2012, as empresas e seus diretores agora investigados por participação no esquema destinaram pelo menos 856 milhões de reais para financiar candidaturas.
O PT lidera com ampla vantagem o ranking de doações do grupo, com 266,4 milhões de reais recebidos. Em seguida, estão PSDB (158,1 milhões), PMDB (149,8 milhões), PSB (70,7 milhões), DEM (43,9 milhões) e PP (34,2 milhões).  
A investigação começou a cruzar empresas, siglas, candidatos beneficiados e contratos com a estatal. Um dos negócios esmiuçados pela investigação é a construção da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco. Costa e Youssef já viraram réus em processo por desvio de verbas da refinaria. Dados bancários e fiscais obtidos pela polícia revelaram que o Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC), responsável pela construção do empreendimento, pagou comissões para a subcontratada Sanko Sider. Parte do dinheiro, no entanto, foi parar na MO Consultoria – uma das empresas de fachada do doleiro. Pelo menos 26 milhões de reais foram desviados entre 2009 e 2013 para a firma de Youssef. A Sanko Sider, que forneceria tubos para a obra, fez doações para o PT pelo menos em 2006 – ano em que doou 6.000 reais para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Esta foi a única doação oficial registrada pela empresa desde então.
Já se sabe também que outros doadores de campanhas, como OAS, Galvão Engenharia, Jaraguá Equipamentos e Arcoenge depositaram recursos diretamente em contas da MO Consultoria. Só a OAS repassou 1,6 milhão de reais para a empresa de fachada, bem menos, no entanto, do que efetivamente registrou em doações legais a campanhas políticas desde 2006 (131,3 milhão de reais). 
Entre as empresas que Costa anotou como alvo de cobranças de doações, a Andrade Gutierrez foi a que mais fez contribuições oficiais. De 2006 a 2012, o conglomerado distribuiu 189,5 milhões de reais a políticos e partidos. Nesse período, PT, PMDB e PP ficaram com 53% do total doado. Na gestão dele, um único contrato rendeu 958 milhões de reais para a construtora Andrade Gutierrez, depois de prorrogações e aumentos de gastos com 45 aditivos.
O segundo maior doador oficial foi a Camargo Corrêa, que já tem conexão identificada com o esquema de Youssef. O conglomerado doou 176,9 milhões de reais para campanhas desde 2006. Só em 2010 foram distribuídos 56 milhões de reais - dos quais metade ficou com PT, PMDB e PP. No total, em 2010, o grupo financiou oficialmente 83 candidatos a deputado estadual, 70 candidaturas a deputado federal, 16 campanhas a governador e 25 candidatos a senador. O deputado federal Eduardo Cunha, líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, levou sozinho 500.000 reais para sua candidatura naquele ano.
A Polícia Federal suspeita que o ex-diretor da Petrobras agia para abastecer o caixa de políticos mesmo após deixar o cargo na estatal, que ocupou de 2004 a 2012. Em um caderno, ele tinha anotado nomes de sócios e executivos de fornecedores da estatal e a situação de cada cobrança. Aparecem nessa lista empresas como a Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Hope e Toyo Setal. Em 2010, Paulo Roberto Costa fez, como pessoa física, uma doação de 10.000 reais ao Comitê Financeiro Único do PT no Rio de Janeiro.  
Caixa dois - Investigadores desconfiam que os recursos angariados pelo doleiro e pelo ex-diretor da Petrobras tenham sido destinados ao caixa dois de partidos. Pelo endereço de email paulogoia@hotmail.com, Youssef indicou em 17 de agosto de 2010 uma conta bancária para que Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor da construtora Queiroz Galvão, depositasse uma série de valores para políticos e diretórios. Uma parte da lista bate com os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Youssef cobrou 500.000 reais para o PP da Bahia; 250.000 reais para o deputado federal Roberto Teixeira (PP); 500.000 reais para o deputado federal Nelson Meurer (PP); 100.000 reais para o deputado federal Roberto Britto (PP); e 100.000 para o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), um dos condenados no escândalo do mensalão. Na Justiça Eleitoral, estes são exatamente os valores doados pelo grupo Queiroz Galvão.
Há outras cobranças, no entanto, com valores divergentes entre o que foi proposto pelo doleiro e efetivamente registrado – o que reforça a tese de que havia também um esquema de caixa dois operado por Youssef. No caso do diretório Nacional do PP, a cobrança era de 2.540.000 reais, mas foram registrados 2.740.000. Há outros valores que, nos registros do TSE, são superiores aos do email enviado pelo doleiro, como o pedido de 250.000 reais para a deputada federal Aline Corrêa (PP), que recebeu oficialmente da empresa 350.000. Já para o PP de Pernambuco, a cobrança era de 100.000, mas foram doados formalmente 1.640.000.
Youssef também fez contato com Cristian Silva da Jaraguá Equipamentos para cobrar dados e emitir recibos de doações. De acordo com os registros do TSE, a Jaraguá doou 250.000 reais para o deputado federal Roberto Teixeira (PP), 250.000 reais para a deputada federal Aline Corrêa (PP), 100.000 reais para o deputado federal Pedro Henry (PP) e 50.000 reais para o deputado federal Roberto Britto (PP). Mas a operação Lava-Jato constatou, com base em dados bancários e fiscais oficiais, que a Jaraguá fez depósitos em contas da MO Consultoria, de Youssef. A empresa pagou 1,94 milhão de reais. A polícia desconfia que esse valor foi distribuído como propina para o esquema de Youssef e Costa.
Até o momento, apenas o deputado federal André Vargas (ex-PT), amigo de Youssef, foi diretamente atingido pelas revelações da operação Lava-Jato. A Polícia Federal suspeita que o doleiro e o deputado eram sócios em operações, mas o retorno financeiro auferido pelo parlamentar ainda é desconhecido. O Comitê Financeiro Único do PT no Paraná recebeu, na campanha de 2010, pelo menos 1,6 milhão de reais de fornecedores da estatal que aparecem entre os contatos do esquema. Essas empresas garantiram mais da metade da arrecadação do comitê paranaense petista e esse órgão partidário injetou cerca de 20 mil reais na campanha de Vargas. O deputado teve de renunciar à vice-presidência da Câmara e se desfiliar ao PT para minimizar os danos ao partido. Pode também ter o mandato cassado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, porque há indícios de que ele ajudou a Labogen, um laboratório de fachada de Youssef, na assinatura de um contrato milionário com o governo federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o envolvimento de Vargas com o doleiro deve ser investigado no âmbito criminal.
A atuação de Vargas para favorecer o doleiro no Ministério da Saúde respingou no ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Subordinados de Padilha assinaram o convênio que permitiria ao laboratório de Youssef faturar até 31 milhões de reais. A operação Lava-Jato revelou também que Vargas recebeu a indicação de um ex-assessor de Padilha para ser contratado como lobista da Labogen em Brasília. Em conversa com o doleiro, o deputado federal diz que a indicação para o posto partiu do ex-ministro da Saúde. E Youssef falava a interlocutores como se tivesse capacidade de influenciar a nomeação de cargos em eventual governo de Padilha, como revelou o site de VEJA.
Nos palanques de candidaturas a governos estaduais, os estragos da Lava-Jato trazem mais riscos ao PT. Também no Paraná os nervos dos petistas estão à flor da pele. Vargas era cotado para chefiar a campanha da senadora Gleisi Hoffman ao governo paranaense. Ela também faz parte da bancada que recebeu recursos de fornecedores suspeitos de contribuir em doações intermediadas por Costa e Youssef. Oficialmente, Gleisi foi a candidata ao Senado que mais recebeu recursos da Camargo Corrêa, com 1 milhão de reais embolsados na última eleição. Conseguiu ainda doações de outras empreiteiras na lista de Costa. A UTC Engenharia deu 250.000 reais para a campanha da senadora e a OAS repassou 780.000 reais. Angariou ainda 100.000 reais da Contax, uma coligada da Andrade Gutierrez, para sua candidatura.
Fonte: http://veja.abril.com.br/ 04/05/14

quinta-feira, 1 de maio de 2014

DESEMPREGO: 62 MILHÕES NEM PROCURAM TRABALHO




DESEMPREGO: SÓ 6 MILHÕES ESTÃO  DESEMPREGADOS?
6 milhões não encontram emprego, e 62 milhões nem procuram; entenda os números do trabalho no país
“Iniciada e interrompida neste ano, a pesquisa ampliada do IBGE sobre o mercado de trabalho ajuda a entender como o desemprego cai a despeito do fraco desempenho da economia.
Os dados mostram que cresce o número de brasileiros empregados, que no final do ano passado eram 92 milhões, ou 57% das pessoas em idade de trabalhar.
Mas também cresce o número dos que não trabalham nem procuram emprego e, como não procuram, não são considerados desempregados.
Esse contingente chegou a 62 milhões de brasileiros, ou 39% das pessoas em idade de trabalhar.
Falta esclarecer com mais clareza a composição desse grupo: quantos são os que optaram por estudar mais, os que recebem amparo assistencial e os que simplesmente desistiram.
Os desempregados são apenas 4% das pessoas em idade de trabalhar, ou 6% dos que procuram emprego.”

Quem recebe o Bolsa Família é considerado empregado, eis a aberração estatística da República Sindical/Lulopetismo.

Fonte: http://dinheiropublico.blogfolha.uol.com.br/01/05/14

quarta-feira, 30 de abril de 2014

CENÁRIO INQUIETANTE



ALTERNÂCIA, SIM. CONTINUÍSMO, NÃO.               CHEGA DE PT

Preferimos esconder a cabeça para não ver os problemas, pelo Senador Cristovam Buarque 

“Vem desde os gregos a ideia de que o homem é um animal político. Os outros animais se movem por instinto, os homens pela conversa. Cada vez que três pessoas tentam decidir algo fazem política. Mas, olhando para os brasileiros de hoje, pode-se dizer que o político é um animal parecido ao avestruz. A exemplo desta ave há uma preferência por esconder a cabeça para não ver os problemas ao redor.
Diante da grave crise energética que se abaterá sobre o mundo inteiro, nas próximas décadas, os políticos se comportam como avestruz. Não despertam para os limites da disponibilidade de petróleo que se esgotará, esgotando também a Petrobras, qualquer que seja a competência e honestidade de sua direção depois de uma CPI séria. Nem despertam para o enorme potencial que temos para gerar energia a partir de novas fontes, tal como a energia solar, e ainda a relegada e criativa experiência do etanol.
O animal político brasileiro se comporta como avestruz para não ver a gravidade da violência espalhada, profunda e destruidora sobre todo o tecido social brasileiro. Não percebe que vivemos um tempo de guerra, com mais de 50 mil mortos por ano, vítimas de assassinatos. Com a cabeça escondida, deixamos de ver a violência e o medo generalizado nas ruas das cidades.
Escondemos a cabeça para não identificar e entender as causas da guerrilha de grupos organizados por meio de celulares e de computadores para queimar ônibus, impedir o trânsito, paralisar serviços. E, tal como avestruz, decidimos enfrentar parte dessa guerra espalhada envolvendo localmente as Forças Armadas; não ver os riscos de soldados serem mortos por traficantes dentro do território nacional ou de soldados matarem acidentalmente crianças no meio de tiroteio. O que em guerra se chama de efeito colateral, dentro do território nacional será chamado de assassinato.
Não vemos os riscos de nossas cidades degradadas, da economia baseada em produtos primários, enquanto os outros países investem em produtos de alta tecnologia.
O avestruz prefere não ver o triste futuro de um país que não cuida de suas crianças, abandonando-as e jogando-as em escolas sem aulas, sem equipamentos, sem professores e sem avaliação, onde não conseguem concluir o ensino fundamental. Só um avestruz não vê o triste futuro do Brasil retratado na cara de suas escolas de hoje.
Também é comportamento de avestruz não perceber a falta de credibilidade nos políticos, vistos como um tipo especial de avestruz que, além de esconder a cabeça, enfia as mãos no chão para trocar favores com recursos públicos. Continuar agindo dessa forma é o comportamento de avestruz suicida.”
EDUCAÇÃO E BOLSA FAMÍLIA

Desde que tomou posse como presidenta da República em janeiro de 2011, Dilma Rousseff investiu mais no programa Bolsa Família do que em Educação Básica, segundo o Portal da Transparência do governo. Os gastos com a transferência de dinheiro que garante “agradecimento nas urnas” já superam os R$ 64,9 bilhões, quase 20% a mais do destinado para educação das crianças do País no mesmo período.
O ex-presidente Lula, mentor de Dilma, gastou R$ 47,8 bilhões com Bolsa Família em seu segundo mandato, 60% mais que em Educação.
Fonte: http://www.cristovam.org.br/ e O Globo
Segundo dados do Banco Central, o valor gasto pelo governo Dilma com Bolsa Família é superior aos lucros dos bancos no Brasil em 2013.
Fonte: http://www.diariodopoder.com.br/, 20/04/14