sábado, 26 de maio de 2012

O PT RECEBEU 50,7 MILHÕES DAS EMPREITEIRAS EM 2011


O PT RECEBEU 50,7 MILHÕES DAS    EMPREITEIRAS EM 2011
Informa o jornal O GLOBO de 26/05/12
 “Outrora defensor das campanhas de arrecadação de fundos entre filiados, o PT mudou. Para tentar acabar com o déficit de R$ 44,5 milhões que registrou no final de 2010, a legenda partiu para uma ofensiva no ano passado sobre grandes empresas, a maior parte delas com negócios milionários com o governo federal. Assim, conseguiu em 2011, um ano sem eleições, R$ 50,7 milhões em doações, fechando as contas ainda no vermelho, mas com a dívida bastante reduzida: R$ 6,4 milhões. O que o PT arrecadou ano passado corresponde a aproximadamente 20 vezes o que o PMDB e o PSDB, cada um, no mesmo período. De contribuição de seus filiados, o PT contabilizou pouco mais de R$ 7 milhões.
A forte arrecadação do ano passado permitiu que o partido reduzisse pesadamente o déficit que cultivava há anos. Desde 2004, o PT vinha fechando as contas com déficits superiores a R$ 25 milhões. À exceção de 2010 (R$ 44 milhões), a dívida atingiu seu maior valor, R$ 33,1 milhões, em 2006, um ano depois do escândalo do mensalão.
A oposição acredita que parte da arrecadação acabou sendo usada para a quitação da dívida do mensalão. O pagamento dos empréstimos contraídos no Banco Rural foi comunicado ao Supremo Tribunal Federal em março deste ano pela defesa do ex-presidente do PT José Genoino — a dívida paga, segundo o comunicado do partido, foi de R$ 8,3 milhões.
— Isso é uma afronta à pobreza nacional, um prenúncio de imoralidade, pois não há como não estabelecer uma relação de promiscuidade nessa generosidade — afirmou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que levantou suspeita sobre o anúncio do pagamento da dívida do Banco Rural. — Fizeram isso quando o procurador-geral afirma que os empréstimos foram operações contábeis fictícias para acobertar o desvio de dinheiro público. Na véspera do julgamento do mensalão, o PT vale-se de doações generosas a pretexto de saldar uma dívida que, segundo a PGR, não existiu. Fica a hipótese de lavagem de dinheiro.
O que mais chama atenção na prestação de contas apresentada pelo PT é o perfil dos doadores. Eles se dividem em empresas que atuam essencialmente em quatro áreas: construção civil, setor financeiro, energia e frigoríficos. Todos receberam atenção especial do governo federal nos últimos anos.
Líder em doações ao PT ano passado, a construtora Andrade Gutierrez fez cinco repasses, totalizando R$ 4,65 milhões. No mesmo período, a construtora foi a terceira que mais recebeu recursos do governo federal, um total de R$ 393,2 milhões.
Segunda colocada da lista de doações, com R$ 4 milhões destinados ao partido, a Braskem é uma sociedade da construtora Odebrecht com a Petrobras. Apesar de pouco conhecido, o grupo Inepar/Iesa, com doações de R$ 3,5 milhões ao PT, atua em várias áreas de interesse do governo federal, produzindo equipamentos para as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, e na manutenção e na modernização das plataformas P-38, P-40 e P-51 e construção da P-53.
JBS é quinto maior doador do partido
Também se destaca a doação feita pelo banco Bradesco. De acordo com a prestação de contas do PT, a doação de R$ 3 milhões foi feita no dia 25 de abril, 35 dias antes do leilão do Banco Postal, que era a menina dos olhos do Bradesco no governo federal. Desde 2001, a rede que oferece serviços bancários nas agências dos Correios em todo o país era gerida pelo Bradesco, mas em maio do ano passado ele acabou perdendo-a para o Banco do Brasil.
O frigorífico JBS figura como quinto maior doador do partido, com R$ 2,85 milhões. Nos últimos anos, o BNDES destinou ao grupo do frigorífico um suporte de R$ 13,3 bilhões e hoje o banco estatal é dono de cerca de 30% do capital do JBS. Há três semanas, a holding que controla o frigorífico anunciou que comprará a Delta Construções, maior detentora de contratos no PAC e um dos alvos da CPI do caso Cachoeira.
Na lista, há também empresas como a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, que é ligada ao banqueiro Daniel Dantas, e doou R$ 1 milhão de reais para o partido. Nos primeiros anos do governo Lula, Dantas travou uma guerra aberta com os fundos de pensão controlados pelo PT.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente do PT, Rui Falcão, informou que “as doações feitas ao partido são todas legais e foram devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. Ele não foi localizado para dar entrevista sobre o assunto.
A assessoria do partido informou ainda que o secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, responderia a perguntas por e-mail. O GLOBO enviou questionário perguntando o que o partido fez no ano passado para conseguir reduzir o seu déficit financeiro histórico. Perguntou também se o partido considerava algum conflito ético em quitar suas dívidas com recursos de empresas diretamente interessadas em negócios do governo. Até as 20h de ontem, não havia recebido resposta”, conclui a reportagem de O GLOBO.



segunda-feira, 14 de maio de 2012

COMISSÃO DA VERDADE MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA


        COMISSÃO DA VERDADE
MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA

O Brasil era o único país que ainda não havia investigado os crimes praticados pelas ditaduras militares. Mas finalmente a Comissão da Verdade foi constituída e farão parte do grupo: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique), Gilson Dipp (ministro do STJ e do TSE), Rosa Maria Cardoso da Cunha (amiga e ex-advogada de Dilma), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República no governo Lula), Maria Rita Kehl (psicanalista), José Paulo Cavalcanti Filho (advogado e escritor), Paulo Sérgio Pinheiro (atual presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria).

A Comissão da Verdade vai investigar e narrar violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988 (que abrange o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra até a publicação da Constituição Federal). O grupo apontará, sem poder de punir, responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura e vai funcionar por dois anos. Ao final deste prazo, a Comissão deverá elaborar um relatório em que detalhará as circunstâncias das violações investigadas. 

REAÇÃO DOS MILITARES
Em fevereiro, grupos de militares da reserva reagiram contra a Comissão da Verdade. Em nota, clubes das três Forças Armadas, que representam militares fora da ativa, criticaram a presidente Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado "desacordo" em relação a declarações de ministras e do PT sobre a ditadura militar (1964-1985).
A reclamação tratava, entre outros temas, sobre uma declaração da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), segunda a qual a Comissão da Verdade pode levar à responsabilizações criminais de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia. O texto dos militares, que havia sido publicado na internet, acabou sendo retirado do ar após pressão do governo.
Dias depois, também em nota, 98 militares da reserva reafirmaram os ataques feitos por clubes militares à presidente Dilma e disseram não reconhecer autoridade no ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibi-los de expressar opiniões. A nota, intitulada "Eles que Venham. Por Aqui Não Passarão", também atacava a Comissão da Verdade: "[A comissão é um] ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo", dizia o texto, endossado por, entre outros, 13 generais.

COMISSÃO DA VERDADE

A Comissão da Verdade não será via de mão única e certamente a presidente Dilma Rousseff,  também terá seu passado de guerrilheira investigado. Ela era responsável pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985)
A verdade é que todos os que pegaram em armas, como ela, não o fizeram para o retorno da democracia no Brasil, mas para substituir a ditadura militar vigente na época, para implantar o comunismo no Brasil, isto é, um regime totalitário nos moldes da Rússia de Stalin, da China de Mao Tse-Tung, de Cuba de Fidel Castro, isto é, uma ditadura ainda mais terrível que a dos militares de 1964, essa é a verdade.
E Dilma era Trotskista, a corrente mais radical da Revolução Russa e a corrente do PT que está no poder é a do “Campo Majoritário” e majoritário em Russo é Bolchevique.
Diz o Deputado Fernando Gabeira, “o sonho do PT é o modelo chinês: autoritarismo político e liberalismo econômico”.

CASO DA MORTE DE MÁRIO KOSEL FILHO

A presidente Dilma certamente será chamada para explicar ao povo brasileiro como foi mesmo sua participação na morte do Mário Kosel Filho, “Agora, a exemplo do que fizeram com Lula, os marqueteiros vão tentar vender a imagem de paz e amor dessa assassina”. “Ainda assim, enquanto eu viver, não me calarei, até que todos saibam”.
Mário Kosel Filho nasceu em 6 de julho de 1949, em São Paulo. Era filho de Mário Kosel e Therezinha Vera Kosel. Fazia parte do Grupo Juventude, Amor, Fraternidade, organizado pelo Padre Silveira, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, no bairro de Indianópolis, juntamente com mais de 30 jovens”.
O símbolo do grupo, ironicamente idealizado por Mário, era uma rosa e um violão. Por ser muito prestativo e preocupado em ajudar as pessoas, principalmente crianças e necessitados, foi apelidado de Kuka, pelos demais participantes do grupo”.
“Mário estava com 19 anos e prestava o serviço militar. Estava incorporado na 5ª Cia. de Fuzileiros do 2º Batalhão, no 4º Regimento de Infantaria Raposo Tavares, em Quitaúna. Na madrugada de 26 de junho de 1968 estava no quartel, em serviço automóvel passa pelo local e seus ocupantes lançam sobre o automóvel acidentado uma bomba de grande poder destrutivo”.
“Mário teve morte instantânea, pedaços de seu corpo foram lançados em todas as direções. Um dos ocupantes do segundo automóvel era Dilma Rousseff”, acusa os pais de Mário Kosel Filho, Mário Kosel e Therezinha Vera Kosel.
MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA
Os crimes cometidos pelo ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra, de 71 anos, que participou ativamente da repressão nos anos 1970 e 80 contra aqueles que pegaram em armas para acabar com a ditadura militar. No livro Memórias de uma guerra suja o ex-policial contou aos repórteres Marcelo Netto e Rogério Medeiros como liquidou doze guerrilheiros e o que fez com os corpos de outros dez presos políticos mortos em sessões de tortura na Casa da Morte, em Petrópolis.
Incinerou-os na usina de açúcar Cambahyba, região de Campos, norte fluminense: David Capistrano, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão e João Massena Melo, do PCB; Ana Rosa Kucinski e o marido Wilson Silva, da ALN; João Batista Rita, da M3G; Joaquim Pires Cerveira, da FLN; Fernando Augusto Santa Cruz e Eduardo Collier Filho, da APML.
Diz Bernardo Mello Franco, jornalista da Folha:
“Facínora, recuperado, farsante, corajoso, vilão da ditadura, herói da Comissão da Verdade.
Nos últimos dias, todas essas expressões foram usadas para descrever à Folha Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops que afirmou, em livro, ter matado e incinerado corpos de presos políticos no regime militar (1964-1985).
Ignorado pela crônica do período, ele agora se apresenta como protagonista de episódios lendários como a Chacina da Lapa --morte de três dirigentes do PC do B no bairro paulistano, em 1976--, a morte do delegado Sérgio Fleury --um dos principais nomes da repressão-- e o atentado do Riocentro, realizado pela linha dura do regime em 1981.
O lançamento deu visibilidade nacional a um personagem que, no Espírito Santo, já é associado ao crime organizado e aos grupos de extermínio desde o fim dos anos 70.
"O nome dele impõe temor em todo o Estado", diz o procurador de Justiça Sócrates de Souza. "Durante muitos anos, ele esteve envolvido com quase todas as mortes violentas na sociedade capixaba."
Condenado a 42 anos de prisão por um atentado a bomba quando disputava o controle do bicho em Vitória, ele também é acusado de diversos assassinatos, inclusive o da ex-mulher e da cunhada, torturas, associação para o tráfico e outros crimes.
Apesar da repercussão na imprensa, "Memórias de uma Guerra Suja" (Topbooks) foi recebido com ceticismo por alguns pesquisadores e parentes de vítimas da ditadura.
Victoria Grabois, dirigente do grupo Tortura Nunca Mais no Rio, estranhou que alguém que diz ter sido tão importante tenha permanecido incógnito por décadas.
O ex-delegado nunca apareceu nas listas de torturadores divulgadas há mais de 30 anos, e ao menos dois oficiais que ele citou como cúmplices disseram que não o conhecem.
Um alto funcionário do governo federal que atua na área de anistia política afirma que é comum ex-agentes exagerarem relatos”, finaliza o jornalista na reportagem publicada na Folha de São Paulo.
A suspeita é agravada por trechos espetaculares do livro, como a suposta participação num atentado em Angola que explodiu uma rádio e matou integrantes do regime comunista em 1977.
A missão secreta teria decolado do subúrbio do Rio num Hércules da FAB (Força Aérea Brasileira).
"A desconfiança é bem-vinda. Mas nós checamos todas as informações e confiamos no que ele contou", diz o jornalista Rogério Medeiros, que assina o livro-depoimento com Marcelo Netto.
O deputado estadual Adriano Diogo (PT), que preside a Comissão da Verdade paulista, afirma que o testemunho pode ser útil. "Ele pode não ter sido um cinco-estrelas como está se vendendo. Mas se 1% do que diz for verdade, já é relevante."
De acordo com o Tribunal de Justiça do Espirito Santo, Guerra pode se livrar da pena em 2015, graças à idade avançada. O procurador Souza é contra o benefício.
"Ele não é um criminoso comum. Se fez tudo isso no passado, pode voltar a fazer."


Leonencio Nossa, de O Estado de S. Paulo, 03/05/12:
“No recém-lançado livro Memórias da Guerra Suja, o ex-agente policial Cláudio Guerra diz que, na condição de agente do Dops, incinerou corpos de adversários da ditadura numa usina de cana em Campos dos Goytacazes (RJ), ao longo de 1974. O depoimento é uma reviravolta na história relatada por ele mesmo. Uma biografia autorizada por ele, Guerra, o cana dura, em 1980 e 1981, destaca que o ex-agente só ingressou no Dops em setembro de 1975.
A primeira biografia foi escrita pelo jornalista Pedro Maia, que tinha acesso direto a Cláudio Guerra, um agente que se destacou na estrutura do crime organizado do Espírito Santo e na organização criminosa Scuderie Le Cocq, acusada de extermínio na Região Sudeste. “Em setembro de 1975, o já experiente delegado Cláudio Antonio Guerra foi nomeado para chefiar a temida Delegacia de Ordem Política e Social, a Dops”, escreveu Maia.
Agora, no novo livro, Guerra conta que virou “combatente dos subterrâneos da batalha contra a guerrilha no segundo semestre de 1972” e já era integrante do Dops há tempo.
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa e o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous Damous afirmou que a seccional vai apoiar a presidenta Dilma Rousseff na criação da Comissão da Verdade. "Não podemos mais conviver com o desconhecimento, não podemos aceitar que na democracia existem noções que estão sendo empurradas para baixo do tapete. É um direito humano dar sepultura digna para aqueles que desapareceram
Cláudio Humberto 03/05/2012
O livro revela que o temido delegado Sérgio Fleury não morreu acidentalmente: foi executado por colegas, como queima de arquivo.
No livro “Memórias de Uma Guerra Suja”, publicado pela editora carioca Top Books, constam informações sobre episódios como atentado ao Riocentro, uma inacreditável ação terrorista num país africano com o apoio clandestino do governo militar brasileiro, o acidente de Zuzu Angel, os ataques à bomba em diversas redações de jornais do país e as mortes do delegado Fleury e do jornalista Baumgarten ganham novas versões na voz de um dos maiores operadores da ditadura militar:

Personagens da Comunidade de Informações citados no livro

Cláudio Guerra aponta no livro os militares, mentores da Comunidade de Informações, que usaram o aparelhamento do Estado para dizimar a esquerda armada no país. O núcleo da Comunidade de Informações da qual CLÁUDIO GUERRA participou tinha como sede o Doi-Codi da Barão de Mesquita, Rio de Janeiro: Coronel Perdigão,  Comandante Vieira,  Doutor Ney,  Coronel Juarez, o aviador, Coronel Ustra e  Coronel Paulo Malhães.

 “Um país que desconhece o seu passado perde a oportunidade de aproveitar, no presente, os acertos pretéritos. Perde também a chance de esquivar-se dos erros”.

domingo, 13 de maio de 2012

O BRASIL MARAVILHA DE CARTÓRIO


O BRASIL MARAVILHA DE CARTÓRIO
             Theodiano Bastos 

Bom de lábia, o presidente conseguiu anestesiar o povo brasileiro e até registrou em cartório o Brasil Maravilha que deixou. 

O atual governo usa com sucesso as técnicas da propaganda do nazifascismo e utiliza dinheiro publico e das estatais para manipular a imprensa e a sociedade e o patrulhamento ideológico da imprensa. O que é bom a gente exagera e mostra e o que é ruim a gente esconde...
 “Desde sempre, o petismo e o seu líder máximo encarnam o papel de donos do povo, constrangendo os que com eles não concordam.
Despejam sobre nós vontades próprias que só servem aos seus próprios interesses e taxam como inimigo do povo qualquer um que ouse pensar diferente.
Desde sempre, o petismo e o seu líder máximo encarnam o papel de donos do povo, constrangendo os que com eles não concordam.
Despejam sobre nós vontades próprias que só servem aos seus próprios interesses e taxam como inimigo do povo qualquer um que ouse pensar diferente”,   denuncia Augusto Nunes.

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO,                NAS RUAS E NA JUSTIÇA

O povo brasileiro está exasperado e se matando seja assassinando uns aos outros ou no trânsito ou processando uns aos outros. Mata-se por qualquer motivo. Processa-se também por quanto motivo. O mapa da violência no Brasil registra mais mortes que na Guerra do Iraque.
O Brasil tem hoje 86,6 milhões de processos judiciais em tramitação. Do total, 25,5 milhões chegaram à Justiça ano passado. A Justiça Estadual é a mais demandada, com 18,7 milhões de casos novos só em 2009, o que corresponde a 74% dos novos processos que foram ajuizados no país. Na Justiça do Trabalho e Na Justiça Federal aportaram 3,4 milhões de novas ações em cada um destes dois ramos do Judiciário e a taxa de congestionamento de 71%,  conforme informa o presidente do Conselho Nacional de Justiça, Cezar Peluso.

O Brasil registrou mais homicídios com armas de fogo que o Iraque entre 2004 e 2007. Foi  o que revelou e estudo feito pelo Instituto Sangari, nomeado de Mapa da Violência  No Brasil, 192,8 mil pessoas morreram, enquanto no Iraque, o número foi de 76,2 mil. “Nos 12 maiores conflitos, que representam 81,4% do total de mortes diretas, nos 4 anos foram vitimadas 169.574 pessoas. No Brasil, país sem disputas territoriais, movimentos emancipatórios, guerras civis, enfrentamentos religiosos, raciais ou étnicos, morreram mais pessoas vítimas de homicídio”, diz o documento. Informações da revista Exame.

Trânsito mata 42.844 pessoas no País em 2010 e índice crescimento de 13,9%, segundo dados do Ministério da Saúde. Em todo o Brasil, foram 117 mortes por dia, em média, em 2010; crescimento da frota explica alta de índice, dizem especialistas

Segundo O GLOBO de 24/11/11: “Mesmo com um gasto em segurança pública superior ao de alguns países desenvolvidos, o Brasil está na lista das nações com as piores taxas de homicídios. Só no ano passado foram assassinadas 40.974 pessoas. O crescimento econômico do país nos últimos anos não reduziu os índices de homicídios, que aumentaram em 13 estados entre 2009 e 2010, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública”.
O Brasil gasta muito, mas gasta muito mal
Os números podem ser mais dramáticos. Muitos governadores ainda têm resistência a repassar dados criminais completos para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, base usada pelos pesquisadores do fórum. Boa parte dos estados possui sistema precário de registro de assassinatos, assaltos e estupros, entre outros crimes. Entre os estados com os aumentos mais expressivos da violência estão Alagoas (42,8%), Amazonas (32,2%), Rio Grande do Norte (23,9%), Sergipe (23%) e Minas Gerais (22,6%)”.
- O Brasil gasta muito, mas gasta muito mal. Não conseguimos reduzir as taxas de violência e nem garantir direitos. O Estado brasileiro não está dando conta do recado - afirma o secretário-geral do fórum, o sociólogo Renato Lima.
Pelo estudo do fórum, estados e governo federal gastaram 1,36% do PIB (Produto Interno Bruto) com segurança em 2009 e, ainda assim, o país registrou uma taxa de 21,9 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes. Os dados mantém o Brasil entre os seis primeiros países do ranking mundial da violência. A situação é ainda mais desfavorável quando se compara o caso brasileiro com países como Alemanha e Espanha. Os dois países gastaram, respectivamente, 1,2% e 1,3% do PIB com segurança em 2009 e apresentaram taxas de, respectivamente, 0,8 e 0,7 por grupo de 100 mil habitantes.
 Taxa é inaceitável para a ONU
Outros países que tiveram gastos ligeiramente superiores, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Portugal, estão com taxas inferiores a 7 por grupo de 100 mil. Os investimentos em segurança nos Estados Unidos representaram 2,3% do PIB do país em 2009. A taxa de homicídios em território americano foi de 5,3% neste período. A Organização das Nações Unidas considera inaceitáveis taxas acima de 10 homicídios por grupo de 100 mil habitantes.
- O Congresso Nacional deveria abrir, com urgência, a discussão sobre um novo modelo de segurança pública no país - afirma o secretário-geral do fórum.
No Brasil os custos da segurança pública são mais elevados em estados da região Norte. Rondônia gastou R$ 405,91 per capita em segurança ano passado. O Acre, o segundo do ranking, consumiu R$ 380,86 per capita. Gastos desta natureza foram de R$ 244,81 no Rio de Janeiro e de R$ 177,48 em São Paulo no mesmo período. Para completar o quadro, mesmo com gastos de países desenvolvidos, os estados pagam baixos salários aos policiais civis e militares.
O anuário foi produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em dados repassados pelos estados à Secretaria Nacional de Segurança. Pelo estudo, ano passado foram registrados 40.974 assassinatos, 2,1% a menos que os 42.023 computados em 2009. No Rio de Janeiro, o número de homicídios teria tido uma redução de 16,8%. Mas nenhum dos dois números são considerados absolutamente confiáveis. Minas Gerais, Espírito Santo, Amapá e Santa Catarina enviaram dados incompletos ao governo federal.
O governo de Minas Gerais só repassou 74% dos dados criminais disponíveis. O caso de Santa Catarina foi ainda pior. As informações repassadas representaram apenas 31% das ocorrências registradas pelas unidades policiais do estado.
Ou seja, o número de homicídios nestes estados pode ser bem maior que os dados apresentados à Secretaria Nacional de Segurança Pública. Pelo entendimento de integrantes do fórum, o mais provável é que a taxa nacional de homicídios tenha se estabilizado. Não aumentou, mas também não diminui. Governadores resistem em repassar dados à secretaria com medo de críticas de adversários, principalmente em ano eleitoral. Segurança pública está sempre entre as cinco maiores preocupações dos eleitores.
O caso do Rio de Janeiro é mais específico. O Instituto Médico Legal teria deixado de informar, desde 2007, a causa das mortes à Secretaria Estadual de Saúde. Sem esta informação, os pesquisadores não teriam como avalizar os dados apresentados pela Secretaria de Segurança.
- Pela tendência dos últimos anos, acreditamos que a violência no Rio esteja caindo, mas não nos níveis informados pelo governo - disse Lima.
Pesquisa divulgada pelo fórum informa ainda que 65% dos entrevistados consideram a polícia "nada ou pouco confiável". A desconfiança se estende também aos magistrados. O estudo mostra que 51% dos entrevistados declaram que o Judiciário brasileiro é "nada ou pouco confiável". A sondagem foi feita em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. E as cadeias estão superlotadas. Informa o jornal Folha de São Paulo, 25/03/12: “Um em cada 262 adultos brasileiros está na prisão”.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO e 1984


ADMIRÁVEL MUNDO NOVO e 1984
         Theodiano Bastos

“Que adoráveis criaturas aqui estão!
Como é belo o gênero humano!
Ó ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Que possui gene assim!”
William Shakespeare, em “A Tempestade”, Ato V  

Considero o romance de ficção científica, de Aldous Huxley, o livro mais profético e inesquecível de todos os tempos, onde o autor alerta: “Levada às últimas conseqüências, a tecnologia cria, para o homem, um paraíso artificial e perfeito, um mundo em que não há pobreza nem velhice”.
“Crianças são geradas em laboratórios e especialmente treinadas para desempenhar futuras funções no meio social. Mas é um mundo em que foi abolida a família, onde na há lugar para os sentimentos e no qual a extrema liberdade sexual não deixa lugar para o amor”. “Comunidade, Identidade, Estabilidade”. Esse é o lema de uma comunidade constituída por seres humanos gerados em laboratórios e divididos em castas”. Uma sociedade artificial, em que as pessoas são condicionadas para amarem o destino social do qual não podem escapara”,  descrevia o autor, nos dando uma trágica, profética e aterradora visão do mundo, de uma civilização escravizada pela tecnologia.
O livro é uma crítica vigosa do autor à humanidade fascinada pela tecnologia e obcecada pelo automatismo sem limites.

Aldoux Huxley nasceu em 1894 em Godalming, Inglaterra. Por causa de uma enfermidade enxergava pouco, por isso era tímido e introvertido.
Escreveu “Admirável Mundo Novo” em 1932. Quem ainda não leu, deve ler esse livro profético, que é mais que uma fantasia, mas uma sátira cáustica, na qual o autor imagina um estado futuro da sociedade, descrevendo-a minuciosamente.
Fonte: 4ª edição do livro publicado pela editora Edibolso” – Editora Globo S/A

“1984” DE GEORGE ORWELL
“1984” é outro livro extraordinários que todos devem ler. Em 1948, o também inglês George Orwell escreveu um livro também profético intitulado “1984” .
É uma história que se passa no futuro, em 1984. Disfarçada de democracia, a “Oceania vive um totalitarismo disfarçado de democracia desde que o IngSoc, o partido, chegou ao poder sob a liderança onipresente do Grande Irmão (Big Brother), que criou o Ministério da Verdade.

O Partido exercia total vigilância sobre os cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia o crime de “crimeideia” (crime de idéia na “Novilígua” e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado. Desaparecia, pois todos eram vigiados pelas “teletelas”.
Os vizinhos e os próprios filhos eram incentivados a denunciar à Polícia do Pensamento quem cometesse o crime de “crimeideia”que profecia...

Todos tinham de ligar os aparelhos de televisão para assistir o programa “Dois minutos de ódio” para assistirem a propagando enaltecendo as conquistas do Grande Irmão e, principalmente, direcionar o ódio contido contra os inimigos (toteísmo) usado amplamente pelo ser humano: “Odeie o seu inimigo e se identifique com o seu semelhante”.
As casas eram cheias de câmeras (teletelas) vigiando cada passo dos moradores e ai de quem não ligasse a televisão para assistir ao programa!
O livro 1984 serviu de inspiração para que as emissoras de televisão criassem programas semelhantes ao “Big Brother Brasil”...

George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 25/06/1903, em Bengala (Índia), filho de um funcionário britânico e uma francesa.
Fonte: Editora Companhia das Letras