Caim e Abel e Lia e Raquel
Raquel, filha de Labão, irmã de Lia, era a amada de Jacó. Mas, apesar de
Jacó amá-la tanto, não foi com ela que ele se casou, primeiramente.
Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi
injusto com sua filha mais nova, Raquel, dando a sua irmã mais velha a Jacó
como esposa.
Este foi um ato de traição que deixou Jacó e Raquel atônitos e
revoltados, pois o interesseiro Labão havia exigido dele servi-lo por sete anos
para poder se casar com sua filha mais nova. Jacó não mediu esforços e concordou
com seu futuro sogro a fim de obter a mão dela, pois a amava no mais profundo
do seu coração.
A rivalidade entre
irmãos pode se originar do ciúme, do egoísmo e da parcialidade parental (real
ou percebida). A rivalidade entre Caim e Abel parece ter sido causada pelo
ciúme de Caim sobre a aceitação do sacrifício de Abel (Gênesis 4:3–5). A
rivalidade entre irmãos assassinos na família de Gideão foi causada pelo desejo
egoísta de Abimeleque de governar como rei (Juízes 9:1-6). A rivalidade entre
os filhos de Jacó foi alimentada pelo favoritismo de Jacó a José (Gênesis
37:3-4).
As causas da rivalidade entre irmãos podem ser
superadas pela bondade, respeito e, claro, amor (1 Coríntios 13:4-7). Os pais
devem insistir que seus filhos tratem uns aos outros com gentileza, respeito e
amor - e os pais devem fazer o mesmo.
As escrituras nos ensinam como nos relacionar uns
com os outros. Efésios 4:31–32 aborda vários comportamentos negativos para
evitar e comportamentos positivos para cultivar: “Longe de vós, toda amargura,
e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes,
sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Filipenses 2:3–4 também é
útil: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em
vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”
O relato de José e seus irmãos envolve
inicialmente a rivalidade entre irmãos baseada na inveja e no ódio, e algumas
coisas horríveis acontecem com José. No entanto, a história tem um final feliz.
De fato, a história de José acaba sendo sobre o amor fraterno, o perdão e a
bondade e soberania de Deus (ver Gênesis 37–50). Como José trata os seus irmãos
no último capítulo de Gênesis é um bom exemplo de bondade, humildade e amor.